Sany deve nacionalizar produtos em 2014
Para garantir competitividade em meio a diversas fabricantes globais de equipamentos da Linha Amarela que chegaram ao Brasil, a chinesa Sany espera nacionalizar produtos ainda em 2014, o que irá garantir para a empresa o financiamento do BNDES.
De acordo com Rene Porto, diretor de vendas da companhia no país, a decisão da marca chinesa de aportar no Brasil ocorreu em meados de 2010, quando a empresa optou por deixar de importar para se tornar uma montadora em solo nacional.
O local escolhido foi São José dos Campos (SP), à beira da Rodovia Presidente Dutra, local estratégico por estar entre os dois maiores polos econômicos do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, a unidade fabril também atende ao mercado latino-americano.
As primeiras escavadeiras - que representam a maior demanda nacional em Linha Amarela juntamente com retroescavadeiras - saíram em janeiro de 2011 e, em abril do mesmo ano, a Sany começou a montar guindastes.
Somente em 2013, a marca comercializou 215 unidades do item, que custam a partir de R$ 600 mil cada um. Segundo Porto, o market share da Sany em guindastes subiu para 35% no país, o que representa a liderança do segmento.
"A Sany possui subsidiárias fortes no mundo todo, mas o Brasil está entre as prioridades da matriz", afirma Porto. "Apesar da desaceleração sentida recentemente, a Sany tem apostado muito no Brasil", complementa.
No entanto, explica o executivo, sem o Finame, a nacionalização de equipamentos é um processo muito complexo, mas, ele acredita que, ainda em 2014, a empresa contará com produtos com o conteúdo local exigido.
A Sany tem um programa de investimentos no Brasil da ordem de US$ 200 milhões, o que já inclui o plano de expansão da planta de São José.