Secovi-SP divulga dados sobre locação residencial na Capital
Índice é superior à correção acumulada no período pelo IGP-M porque a demanda por imóveis para alugar está muito aquecida
02 de fevereiro de 2012 - Pesquisa realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) constatou que os aluguéis residenciais contratados em dezembro na cidade de São Paulo apresentaram um aumento médio de 0,8% em comparação com os preços praticados no mês de novembro.
Contabilizado esse incremento, o aluguel contratado encerrou o ano de 2011 com uma alta de 18,48%. O índice é bem superior à correção acumulada no período pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), indicador que rege a maioria dos contratos de locação em andamento e que ficou em 5,10% no ano passado. “A demanda por imóveis para alugar está muito aquecida, inflacionando o valor da locação nova”, afirma Francisco Crestana, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.
A melhora do poder aquisitivo da população, segundo ele, faz com que as pessoas tentem morar melhor e mais próximas do trabalho, para evitar o trânsito. “A oferta, infelizmente, não acompanha essa movimentação”, comenta. Aliado a isso, ele informa que de 2000 a 2005 o aluguel novo perdeu para a inflação e que agora está havendo, na realidade, uma compensação.
Em dezembro, os imóveis que mais subiram em relação ao mês anterior foram os de 2 dormitórios. Seus aluguéis ficaram 1,4% mais caros na média. As moradias de 3 quartos tiveram alta de 1%, enquanto as unidades de 1 dormitório apresentaram estabilidade de preço.
As casas e sobrados que estavam vagos foram alugados mais rapidamente que os apartamentos. O primeiro tipo de residência foi locado dentro de um período médio de 12 a 29 dias. Os apartamentos demoraram um pouco mais. Seu IVL (Índice de Velocidade de Locação), que mede em número de dias quanto tempo um imóvel leva para ser ocupado, variou entre 18 e 38 dias.
Fonte: Secovi – SP