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Setor de construção amplia suas operações e se rende ao e-commerce

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Líderes do segmento no país esperam um crescimento de até 40% este ano


06 de junho de 2014 - O setor de material de construção começa a ampliar suas operações no País através dos canais de vendas on-line (e-commerce), de olho no potencial de consumo do brasileiro. Uma das líderes do segmento no País, a Casa e Construção (C&C), espera um crescimento de até 40% este ano no mercado virtual.


Presente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, a rede conta com 45 unidades em funcionamento, sendo que hoje a loja virtual da empresa já fatura quase a mesma coisa que uma loja grande da rede, como informou o gerente de E-commerce da C&C, Sérgio Oliveira. "Nossa expectativa é que a empresa cresça pelo menos 40% em relação a 2013 no segmento on-line", informou.


Com investimentos na plataforma virtual guardados a sete chaves, a empresa optou por investir em operações independentes, uma vez que os produtos comprados no site são entregues diretamente no domicílio do cliente, sem a possibilidade de serem retirados na loja. E a estratégia parece ter dado certo, tanto que a C&C comemora crescimento também no mercado eletrônico.


"Fazemos entregas em qualquer lugar do País. As políticas são as mesmas para os dois segmentos (compra na loja física ou no site). A única coisa que muda é disponibilidade dos produtos, que pode variar entre uma estrutura e outra", explicou.


Segundo ele, as vendas no on-line tiveram início após aumento da demanda do mercado, incluindo todos os setores de compra domésticas, assim como o de construção e itens para casa. Na Casa e Construção (C&C), os produtos mais procurados são os materiais de construção, como afirmou Oliveira. "A maior demanda na loja on-line é por materiais e produtos para construção e reforma. A C&C, porém, também acredita muito na venda de produtos de decoração, já que possui uma variedade imensa de itens nessa área", ressaltou Oliveira.


Recém-chegada ao segmento virtual, a Telhanorte já conta com mais de 15 mil itens em sua plataforma. A empresa prevê expansão do e-commerce para outros estados, além de São Paulo e Minas Gerais, onde o atendimento já está em funcionamento. "O comércio virtual é uma realidade no setor varejista como um todo. Nesse contexto, visualizamos uma grande oportunidade de aprimorar a experiência de compra do nosso cliente, com o objetivo de atender uma nova geração de consumidores. Estes prezam pela agilidade na hora de procurar os produtos, além de melhores preços", contou o Juliano Ohta, diretor de Marketing e Compras da Telhanorte, que pertence ao grupo Saint-Gobain.


Com a disputa já acirrada no setor, a Telhanorte resolveu desenvolver um sistema que permitirá ao cliente comprar o produto em sua plataforma on-line e retirá-lo na loja mais próxima, como diferencial da concorrência. "Atualmente, a empresa desenvolve as operações do e-commerce de maneira integrada com as demais modalidades de venda da companhia.


Isso garante ao cliente a possibilidade de realizar facilmente uma operação cruzada. Nela pode-se trocar itens adquiridos no site em uma loja física da Telhanorte", afirmou.


Ainda de acordo com Ohta, o crescimento da renda do brasileiro e a entrada de um grande número de pessoas na classe média tem sido o que impulsiona os investimentos da empresa no setor. Com 37 lojas entre São Paulo, Minas Gerais e Paraná, o estado paulista ainda é o que se destaca em volume de vendas, "já que representa o maior mercado do varejo no ramo da construção no País". Até 2015, como parte do projeto de expansão da companhia, a meta da rede é abrir três novas lojas em São Paulo.


A respeito da busca pela consolidação de sua atuação no canal de vendas on-line, a loja virtual da Telhanorte aposta na diversidade de produtos. "Nossa rede é muito democrática, já que conseguimos atender todas as classes, desde a A até a classe C. Entre os produtos mais procurados, os materiais de acabamento como pisos, revestimentos, metais e louças sanitárias, lideram a procura em nossa loja virtual". Para Ohta, contudo, o perfil do consumidor pode variar bastante de acordo com a plataforma de compra. "O consumidor do comércio eletrônico tem características diferentes do cliente da loja física, eles fazem parte de uma nova geração que utilizam muito as ferramentas tecnológicas e buscam agilidade no momento da compra".


Fusão certeira


A BR Home Centers é outra empresa que também passou a investir em operações separadas para o on-line e o varejo físico, seguindo os passos da C&C. Nascida da fusão das marcas Casa Show e TendTudo, o grupo BR Home Centers tem forte atuação nas regiões Sudeste e Nordeste e faturou R$ 637 milhões no ano passado, crescendo 10,8% em relação ao ano anterior. Quando somadas a abertura de duas novas lojas da rede em 2013, porém, esse crescimento chega a 23%.


Com seis centros de distribuição considerados pela marca como pontos estratégicos, a rede conta com atuação em Goiânia (GO), Brasília (DF), Lauro de Freitas (BA), São Luís (MA), Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro, além de ter atualmente 22 unidades físicas das marcas do Grupo, e também duas lojas virtuais, sendo que a rede manteve os nomes mesmo com a fusão. "O crescimento do e-commerce no mercado nacional é uma realidade, já que os clientes querem cada vez mais poder realizar suas compras no conforto de suas residências", disse o diretor de e-commerce da BR Home Centers, Guilherme Aguinaga de Morais.


"A plataforma virtual está integrada a loja física, mas como a companhia está passando por um processo de ampliação do seu mix de produtos, estamos inaugurando um centro de distribuição exclusivo para o armazenamento de determinados itens. O ideal seria que as pessoas pudessem comprar no site e retirar o produto na loja, mas isso acabaria gerando muitos problemas no que diz respeito a operação. Logo todas as compras feitas no site são entregues direto no domicílio do cliente", apontou.


Com o plano de crescer 13% até o final do ano, o grupo aposta na classe C para ganhar espaço no mercado, uma vez que a procura por pisos, revestimentos e acessórios para banheiro tem aumentado nas unidades da rede. "O crescimento da economia e do poder aquisitivo da população tem impulsionado os negócios. Hoje, o sonho do brasileiro é a casa própria e com a construção civil em alta, o setor de materiais de construção, reforma e decoração tem tudo para se desenvolver".


Fonte: DCI

 


 

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