Setor e Caixa discutem problemas no fluxo operacional do Minha Casa
Encontro também serviu para que a instituição financeira esclarecesse quais mudanças estão previstas e contempladas
01 de junho de 2011 - O membro do Núcleo de Habitação Popular do SindusCon-SP e representante junto à Fiesp, João Claudio Robusti, participou na última segunda-feira, 30, de reunião na sede da CBIC, em Brasília, com o vice-presidente de Governo da Caixa, José Urbano Duarte, que discutiu os gargalos que ainda afetam o fluxo operacional de contratação do programa MCMV (Minha Casa, Minha Vida). O encontro também serviu para que a instituição financeira esclarecesse quais mudanças estão previstas e contempladas na fase 2 do programa.
Pelo SindusCon-SP, também participou o coordenador da Área de Produção e Mercado, Elcio Sigolo. Pela CBIC, esteve presente o vice-presidente José Carlos Martins. Havia ainda representantes de vários Sinduscons, Ademis e da Apeop.
Duarte mencionou que a Caixa tem adotado medidas internas visando o aprimoramento de todo o processo. "As discussões mantidas com o setor são fundamentais para esse aprimoramento. Não basta ser somente bom para a Caixa; tem que ser bom para ambas as partes", disse.
Na sua apresentação Duarte destacou os gargalos identificados pela Caixa e as mudanças implementadas ou em vias de ser implantadas. "As operações do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) para as famílias de 0 a 3 salários mínimos se mostravam com baixa tempestividade da apresentação da demanda pelas prefeituras. Isto vem sendo solucionado com a instalação de grupos executivos locais para a gestão das entregas, processo automatizado de qualificação de famílias e contratação. Também estão sendo criados cargos de supervisores de canal, para fazer frente e dar agilidade aos desligamentos decorrentes de repasse e contratações PF (FGTS). Outras ações passam por exemplo pela estabilização do sistema, treinamentos, qualificação das pastas, expansão da rede e estabelecimentos de metas para as Superintendências Regionais", exemplificou Duarte.
Os novos parâmetros para o MCMV –novas faixas de renda e valores de subsídios– estão sendo discutidos pelo governo. Especificamente para a faixa de até R$ 1.395, a Caixa sinalizou que poderão ocorrer mudanças nas especificações, porém sem prejuízo àqueles projetos já aprovados pela Prefeitura, que poderiam seguir naturalmente.
Os novos valores para essa faixa de renda serão atualizados pelo índice Sinapi. Segundo Robusti, ficou claro que todas as benfeitorias que fossem agregadas aos novos projetos, como piso cerâmico, revestimentos, aquecimento solar e acessibilidade universal, terão seus custos incorporados ao valor teto do imóvel.
Norma
Os empresários sugeriram a Duarte, como sendo de suma importância, a indicação de um representante de Brasília para integrar o grupo de discussão da nova Norma de Desempenho.
Fonte: Sinduscon - SP