Setor imobiliário defende implantação de IPTU Verde
"Não é uma questão de escolha, é questão de sobrevivência", diz Nilton Sarti,da Ademi-BA
28 de novembro de 2011 - Com base em experiências em cidades como Belo Horizonte, São Paulo, Guarulhos e Sorocaba, os representantes do mercado imobiliário baiano estão propondo a prefeituras da Região Metropolitana de Salvador (RMS) a utilização do chamado IPTU Verde. Pela proposta feita às prefeituras de Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas, os proprietários de imóveis que possuam equipamentos que reduzam o desperdício poderão contar com reduções de até 20% na cobrança do imposto municipal.
A ideia foi apresentada nesta quarta, 23, pelo presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-Ba), Nilson Sarti, durante o lançamento dos guias de consumo consciente e de sustentabilidade na sede da entidade, para os compradores de imóveis e as empresas do mercado, respectivamente. De acordo com Sarti, a busca pela sustentabilidade é um caminho sem volta para a atividade. "Não é uma questão de escolha, é questão de sobrevivência. A tendência é que a evolução tecnológica tornem o respeito ao meio ambiente cada vez mais frequentes", acredita.
A tentativa de criar o IPTU Verde é defendida pelo presidente da Ademi como um estímulo para que o consumidor aposte em empreendimentos ambientalmente responsáveis. "A nossa proposta é que esta redução, que pode chegar a até 20% do IPTU, funcione como um estímulo à aquisição de imóveis cuja operação gere um menor impacto ao meio ambiente", explica. Sarti destacou que a emissão de gases poluentes nos condomínios com o prédio entregue é bem maior que as emissões durante as obras. "A estimativa é que 80% das emissões são geradas durante a operação do empreendimento, ", diz.
Consumo consciente - Em um primeiro momento, a aquisição de produtos sustentáveis pode custar mais caro ao consumidor, entretanto estes custos tendem a se diluir com o tempo, acredita Nilson Sarti. "Hoje esses empreendimentos podem até ser mais caros em alguns casos, mas estas despesas se diluem com o tempo através de contas de energia, de água e um condomínio mais baratas", acredita. Um exemplo comum em novos empreendimentos é a medição individual da água, que costuma representar um consumo 30% menor do recurso e, consequentemente, uma conta mais barata. Além disso, a expectativa de Sarti é que os custos, hoje elevados, tornem-se cada vez mais acessível a partir do desenvolvimento de novas tecnologias. "Os custos vão declinar", acredita.
Fonte: Secovi