Sindicatos da construção calcularão duas séries de CUBs
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
De acordo com CBIC, os Sinduscons farão cálculo dos custos das empresas incluídas ou não na desoneração da folha de pagamento
08 de outubro de 2013 - A partir de novembro os Sinduscons passarão a calcular duas séries de CUBs (Custo Unitário Básico): uma medindo os custos das empresas incluídas na desoneração da folha de pagamento e a outra para aquelas que não foram incluídas. Este foi um dos temas discutidos no Fórum do Banco de Dados (FBD), promovido durante o 85º Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção Civil).
Com a participação de Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da Fundação Getulio Vargas (FGV); do economista e coordenador do Banco de Dados da CBIC, Daniel Furletti, e da economista do Banco de Dados, Ieda Vasconcelos, a reunião técnica buscou também esclarecer as diferenças entre os indicadores disponíveis, como CUB, Sinap e INCC.
Segundo Ieda, a base de cálculo do CUB não mudará rigorosamente em nada. “Vamos apenas calcular a desoneração sobre os encargos sociais, mas a metodologia permanece a mesma. Conforme a lei da desoneração, neste segundo CUB não incidirá a previdência social”, explicou, ao informar que a partir de novembro o setor terá dois CUBs.
“Ainda não temos um parecer oficial de como será computada a desoneração. Aguardamos um posicionamento da diretoria do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), que deve sair até o final do mês”, observou Ana Castelo. Os especialistas ressaltaram que têm até o dia 5 de novembro para divulgar o indicador. No início de setembro, os responsáveis pelo Banco de Dados da CBIC promoveram uma reunião em Brasília com 25 Sinduscons de todo o país para alinhar procedimentos sobre o impacto da Lei 12.844/2013 (que estabelece a desoneração na construção civil) no cálculo do CUB.
No mesmo fórum, em 3 de outubro, Ana Castelo palestrou sobre a competitividade da indústria de materiais na construção civil; e Edson Mendes Araújo, professor do curso MBA em Gestão de Negócios Imobiliários e Construção Civil da FGV, falou sobre a viabilidade econômica das incorporações.