Sindicatos e empresas criam escolas para qualificar engenheiros
Objetivo é preparar a criação de um instituto de ensino superior voltado para as necessidades da indústria
23 de novembro de 2010 - A falta de engenheiros qualificados no Brasil não é novidade. Mas, após cerca de cinco anos de crescimento na demanda por esses profissionais, agora as empresas e as entidades de classe estão agindo por conta própria.
O Sindicato dos Engenheiros no Estado de SP prepara a criação de um instituto de ensino superior voltado para as necessidades da indústria, com cursos de graduação, pós, mestrado e doutorado.
Não queremos competir com as universidades. A ideia é que a gente faça uma escola de inovação, com poucos alunos, mas com qualidade, diz Murilo Pinheiro, presidente do sindicato.
No momento, é aguardada a aprovação do Ministério da Educação para que o instituto possa abrir, em 2012.
Já um grupo formado por construtoras e incorporadoras se organiza para criar uma faculdade corporativa com cursos de curta duração.
O objetivo é complementar a formação que não é dada nas universidades, diz Carlos Alberto Borges, vice-presidente de tecnologia e qualidade do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
O Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) vai na mesma direção. Segundo o seu chefe de gabinete, Francisco Yutaka Kurimori, na sexta-feira, foi aprovada proposta que permite que o órgão firme convênios com entidades de classe para promover cursos de reciclagem.
Nival Nunes de Almeida, presidente eleito da Associação Brasileira de Educação em Engenharia, acha interessante que empresas e sindicatos estejam preocupados com a formação de profissionais. No entanto, ele acredita que o melhor é buscar parcerias com universidades.
Fonte: BOL - SP