SindusCon-SP fará palestras sobre PCDs pelo país
Estudo foi encomendado pelo SindusCon-SP e realizado pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Armênio Crestana (Iepac)
20 de janeiro de 2012 - Em 2012, o SindusCon-SP, em parceria com especialistas do Seconci-SP, dará palestras em todas as regiões do país sobre a inserção segura de Pessoas com Deficiência (PCDs) na construção civil. A informação foi dada em 19 de janeiro pelo vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, durante seminário realizado pelo Seconci-SP, em sua sede, para detalhar os resultados do Estudo de Viabilidade para Inserção Segura de Pessoas com Deficiência na Construção Civil.
O estudo foi encomendado pelo SindusCon-SP e realizado pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Armênio Crestana (Iepac), em parceria com o Seconci-SP. O trabalho mapeou as atividades realizadas por 17 funções diferentes dentro do canteiro de obra, apontadas no Manual de Saúde, Segurança do Trabalho do Sesi-SP. O levantamento insere-se no Programa de Inclusão de PCDs na Construção Civil, que visa subsidiar as construtoras para que possam atender integralmente à Lei nº 8.213/91 (Lei de Cotas).
Na ocasião, Ishikawa, que também é conselheiro do Seconci-SP, abriu o evento em nome do presidente desta entidade, Antonio Carlos Salgueiro de Araujo, e disse ser “fundamental disseminar as informações recolhidas no estudo”.
Ele também falou sobre a necessidade de expandir o alcance do estudo chamando os fabricantes de equipamentos, ferramentas e materiais de construção para melhorar as condições específicas de trabalho das PCDs. Além disso, há a necessidade de criar um sistema de qualificação destes trabalhadores que leve em conta as peculiaridades de cada grupo de deficiência.
O presidente do Conselho Consultivo do SindusCon-SP, Roberto José Falcão Bauer, também participou do evento. Segundo ele, a partir dos resultados do estudo, a interação dentro do próprio setor passa a ser de suma importância. “É fundamental que as empresas comecem a se manifestar sobre o tema”, disse. Isso porque o estudo gerou uma “matriz de viabilidade de inserção” de deficientes, que poderá servir de orientação para as empresas contratarem PCDs.
Segundo Norma Araújo, médica e superintendente do Iepac, “o estudo é inovador”, mas “a matriz não encerra nada”. Para ela, “o estudo apenas inicia um trabalho de inserção, tornando real a ambição de incluir a diversidade nas empresas”.
Ao provar ser possível inserir a PCD no canteiro de obra de forma segura e responsável, afirmou Norma Araújo, o estudo busca eliminar uma série de preconceitos que ainda rondam o tema. “Muitas vezes a gente põe barreiras onde elas não existem. Vamos nos preocupar com os riscos reais e não com o que está na nossa ‘caixinha de preconceitos’”, afirmou a médica.
Além dela, falaram sobre o estudo Douglas de Freitas Queiroz, gerente de Saúde e Segurança do Trabalho do Seconci-SP, e Clóvis Souza, gerente do Iepac.
Fonte: Sinduscon - SP