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SindusCon-SP propõe mobilização para baixar o valor do vergalhão de aço

Texto: Redação AECweb

Estudo demonstra que o aumento do Imposto de Importação do produto é um equívoco do Governo

17 de junho de 2009 - O preço do vergalhão de aço utilizado na construção civil no Brasil é 79% mais caro que nos Estados Unidos; 2,55 vezes mais custoso que na Índia e espantosos 3,02 vezes mais alto que na China.

Este é o resultado de um estudo que o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, mostrou na reunião do Conselho de Administração da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

“Esse comparativo mostra o equivoco do governo em aumentar para 12% a alíquota do Imposto de Importação do vergalhão. No Brasil, em que poucos produtores dominam a quase totalidade do mercado, o que o país necessita é a queda dos preços, pela via do aumento da concorrência, até para sairmos mais rapidamente da crise. E isso só se consegue com maior exposição à importação”, diz Watanabe.

Para o presidente do SindusCon-SP, “cabe à construção fazer uma mobilização nacional para buscar maior equilíbrio entre os preços externos e internos do aço. O setor deve priorizar a indústria nacional, porém não pode aceitar preços internos exorbitantes”.

O estudo foi feito pelo engenheiro, professor e articulista da revista Notícias da Construção, Luiz Henrique Ceotto. Ele comparou a evolução dos preços de vergalhões de aços ligeiramente diferentes, o CA-50, utilizado principalmente no Brasil, e o ASTM Grade 60, vendido naqueles três países.

Estudando o período que vai de setembro de 2004 a abril de 2009, o professor constatou que, com o crescimento da demanda, os fabricantes foram elevando os preços até 2008. Instalada a crise no ano passado, os preços declinaram.

O Brasil teve o menor índice de aumento de preço do vergalhão no período de crescimento da economia global (53% contra 90% na Índia), mas por outro lado foi o país que teve a menor queda nos preços após o início da crise, de 5%, contra 90% da Índia e da China.

Em todo o período analisado, o Brasil teve o maior aumento residual no preço do insumo (46%), contra os EUA (20%), a Índia (25%) e a China (9%). Se o aço feito no Brasil para construção já era o mais caro do mundo em 2004, após a crise a diferença aumentou ainda mais, demonstra o estudo.

A crescente diferença de preços entre os tipos de aço do Brasil e do exterior começou a motivar a importação do produto, inclusive pela construção civil. A Coopercon (Cooperativa da Construção Civil de Goiás), por exemplo, importou um primeiro lote do produto e, quando o governo elevou a alíquota do Imposto de Importação, preparava-se para adquirir o segundo.

Fonte: SindusCon-SP

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