SindusCon-SP propõe que Dilma aja rapidamente para viabilizar meta do MCMV
Contratação da construção de 1,2 milhão de unidades habitacionais até 2014 é o objetivo
13 de agosto de 2012 - O presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, entende que a presidente Dilma Rousseff precisa adotar providências urgentes para que o governo recupere o atraso e consiga cumprir uma das metas da segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida 2: a contratação da construção de 1,2 milhão de unidades habitacionais até 2014 para famílias com renda mensal de até R$ 1.600 (a chamada faixa 1).
Watanabe aponta que, decorridos 19 meses da implementação do PMCMV 2, apenas 267,5 mil moradias haviam sido contratadas para a faixa 1 até 31 de julho. A situação destas contratações destinadas a famílias de baixa renda é ainda mais preocupante no Estado de São Paulo: para uma meta de 182,1 mil moradias até 2014 na faixa 1, pouco mais de 30 mil haviam sido contratadas no período.
“As construtoras especializadas no segmento da baixa renda estão gradativamente deixando de se interessar pelo programa, principalmente nas localidades em que ele é mais necessário por conta do elevado déficit habitacional, como no município de São Paulo. Os valores máximos que o governo se dispõe a pagar pelas moradias tiveram seu último reajuste calculado com base em preços de materiais e mão de obra que já estavam defasados há dois anos. A tabela de preços unitários utilizada pelos órgãos federais de controle tem sérias discrepâncias com aquilo que o mercado pratica.”
Watanabe considera que estes graves entraves podem comprometer inclusive a execução de projetos habitacionais em parceria, como a contratação de 83 mil moradias dentro do convênio entre a Caixa e o governo paulista, pelo qual este complementará com subsídio de até mais R$ 20 mil o valor de até R$ 65 mil que o governo federal destina à contratação de cada unidade habitacional da faixa 1 do PMCMV.
“Não adianta o governo dizer que não faltarão recursos para o alcance das metas. Se esses problemas não forem sanados, o empresário ficará sem horizonte para apresentar um projeto habitacional a ser contratado neste ano, mas executado e pago no ano que vem, quando as defasagens serão ainda maiores. A presidente Dilma precisa agir já.”
Fonte: Sinduscon - SP