SindusCon-SP reafirma otimismo durante 1º Congresso da IBDiC
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Empresário do setor imobiliário está menos confiante hoje do que estava em 2011, mas continua contratando
21 de agosto de 2012 - O presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, reafirmou durante o 1º Congresso Internacional do Instituto Brasileiro de Direito da Construção (IBDiC), que o setor segue crescendo, apesar da desaceleração nas vendas, queda nos indicadores de confiança do empresariado e da escassez de mão de obra qualificada. No primeiro dia do evento, realizado em parceria com a Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem da Ciesp/Fiesp, as discussões giraram em torno da infraestrutura e desafios do mercado imobiliário, conflitos contratuais, improdutividade nas obras e atrasos na entrega de moradias.
Segundo Watanabe, que presidiu o painel “Desafios do Mercado Imobiliário no Brasil” e na abertura apresentou dados recentes do setor, o empresário do setor imobiliário está menos confiante hoje do que estava em 2011, mas continua contratando. Ao mesmo tempo, o presidente do SindusCon-SP chamou a atenção ainda para o crescimento significativo da competitividade no setor, um fator que se reflete na queda da velocidade de vendas. “O Brasil precisa de um choque de gestão para acelerar a aprovação e o licenciamento de empreendimentos”, afirmou, ao ressaltar que a redução da carga tributária continua entre as demandas do setor.
Presente ao painel, o presidente do Conselho Consultivo do Secovi-SP, João Crestana, fez um breve histórico sobre o setor nas últimas três décadas, reconhecendo o sucesso da primeira etapa do programa “Minha Casa, Minha Vida”. O executivo lembrou, porém, que os subsídios destinados ao programa “Minha Casa, Minha Vida” nesta segunda etapa já não são suficientes, dada à escassez de terrenos disponíveis nas maiores cidades do país. Aliado a isso, Crestana apontou que os recursos da caderneta de poupança não serão suficientes para sustentar o ritmo de crescimento do setor nos próximos anos. Com relação à dificuldade do governo federal em tentar uniformizar soluções para problemas particulares de cada região brasileira o executivo foi taxativo. “Chega de hipocrisia, nosso país tem dimensões continentais. As soluções precisam ser regionalizadas. O que serve para a cidade de São Paulo não necessariamente se aplica ao interior do Piauí”.
Atento aos possíveis desdobramentos do novo Código Florestal sancionado (com vetos) pela presidente Dilma Rousseff em Brasília, Caio Portugal, presidente da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (Aelo), palestrou sobre as principais ameaças e desafios para o desenvolvimento do mercado imobiliário que se encontram hoje em discussão no Congresso Nacional. “O principal aspecto que nos preocupa foi que infelizmente o novo código não procurou tratar a questão das cidades de maneira diferenciada; sem contar outros aspectos que envolvem inclusive a atividade industrial”, explicou Portugal, ao listar alguns dispositivos importantes em discussão no momento.
Também participaram do painel o presidente da Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem Ciesp/Fiesp e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Sydney Sanches, e o presidente da IBDiC, Fernando Marcondes.
Fonte: Sinduscon – SP