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Sondagem do SindusCon-SP indica que desaceleração continua

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Sinais de que o crescimento continua desacelerando confirmam o movimento já detectado na sondagem anterior

19 de setembro de 2012 - Os índices de desempenho corrente e de perspectivas futuras das empresas da construção permanecem positivos (acima de 50), mas seguem abaixo dos alcançados entre 2008 e 2010. É o que mostra a 52ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil, realizada em agosto pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV. Os sinais de que o crescimento continua desacelerando confirmam o movimento já detectado na sondagem anterior, realizada em maio. Nesta edição da enquete, foi entrevistada uma mostra qualificada de 198 empresários da construção de todo o país.

Já no que diz respeito à perspectiva de crescimento da economia, a avaliação dos empresários piorou, com recuo de 13,7% no mês de agosto, em relação à pesquisa anterior. Atingiu 38,6 pontos, patamar levemente superior ao observado durante a crise, em maio de 2009. Em comparação a agosto de 2011, o indicador acumula queda de 19,5%. É preciso lembrar que a geração de empregos das construtoras também registrou queda expressiva no ritmo de crescimento entre junho e julho, em relação a igual período do ano anterior.

Aliado a isso, a expectativa sobre a condução da política econômica apresentou retração de 13,18% na sondagem de agosto, caindo para 42,1 pontos. Ao mesmo tempo, os empresários continuam a sinalizar crescimento de sua atividade, mas em nível menor. 

O indicador de dificuldades financeiras, por sua vez, cresceu 13,71% em relação à pesquisa anterior, indo para 48,9 pontos (nesse caso, valores abaixo de 50 pontos significam dificuldades menores). Entretanto, na comparação com agosto do ano passado, o indicador apresenta queda de 9,3%.

A perspectiva dos empresários de inflação reduzida apresentou retração de 10,1% no período, porém ainda acumula alta de 13,4% em doze meses.

A evolução dos custos da construção, em contrapartida, foi o único indicador com melhora no desempenho na comparação com 2011. Com a menor pressão sobre o mercado de trabalho, melhoraram as perspectivas em relação aos aumentos salariais. No entanto, os números de 2012 ainda mostram custos crescendo acima dos índices de preço ao consumidor, o que explica o fato de os empresários se manterem pessimistas em relação a essa questão.

Diante dos resultados, a FGV ressalta que o menor ritmo de crescimento do setor no ano passado refletiu o efeito de uma comparação com uma base muito elevada em 2010. No entanto, em 2012, os indicadores de atividade afetaram fortemente as expectativas dos empresários. Assim, nos últimos doze meses os índices que expressam a percepção de desempenho das empresas do setor se tornaram menos favoráveis.

Investimentos e projeções

Na avaliação da FGV, a mudança de ritmo do setor pode comprometer especialmente resultados esperados para 2013 na medida em que a redução do desempenho corrente indica menos investimentos sendo iniciados. No entanto, a sondagem de agosto não incorpora o efeito das medidas anunciadas pelo governo – o plano de investimento em infraestrutura e a elevação dos valores das habitações do Minha Casa, Minha Vida.  As medidas não terão impacto imediato, mas espera-se que afetem positivamente a percepção dos empresários.

Fonte: Sinduscon - SP

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