Tecnologia é a nova aposta das construtoras para o próximo ano
Empresas buscam formas de acelerar o ciclo produtivo e otimizar custos com suporte em novas tecnologias para conseguir resultados a curto prazo
29 de novembro de 2010 - A escassez de mão de obra qualificada, um dos principais gargalos para que o mercado imobiliário atenda a demanda aquecida, levou construtoras a buscar formas de acelerar o ciclo produtivo e otimizar custos, na tentativa de reduzir riscos de ameaça à continuidade do crescimento do setor.
"O grande gargalo é 2011, resultado da crise de 2008, quando houve freada absoluta do crédito e muitas obras foram interrompidas", afirma Maurício Bianchi, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP.
Segundo ele, como as construtoras se prepararam para um cenário de crise mais forte do que acabou ocorrendo, a pisada no freio pelo setor gerou um acúmulo de projetos simultâneos. Bianchi prevê ainda "um caos no âmbito da infraestrutura até 2014".
O cenário de demanda reprimida vem resultando em um alto volume de entregas a ser cumprido pelas empresas, algo que deve se intensificar no ano que vem, segundo Bianchi. "Vamos ter cinco anos de gestão de demanda reprimida e mais cinco anos de colocação de volume produzido no mercado", acrescenta. Se consideradas somente as metas das duas maiores construtoras e incorporadoras do país, PDG Realty e Cyrela, o teto dos lançamentos pode alcançar R$ 22 bilhões em 2011. Este ano, até setembro, ambas lançaram quase R$ 10 bilhões e venderam, em média, R$ 8,4 bilhões.
De olho no cumprimento das metas traçadas para este e o próximo ano, e tendo as entregas como foco, as construtoras buscaram suporte em novas tecnologias. Para Bianchi, apenas a combinação de capacitação de pessoal com utilização de tecnologia pode sustentar o mercado. "Investimento em tecnologia é a única alternativa de curto prazo."
Fonte: DCI - SP