Trabalhadores da construção civil entram em greve em Sergipe
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Categoria realizou ato público em vários pontos da capital. Eles pedem reajuste salarial de 15%, plano de saúde e cesta básica
16 de maio de 2013 - Centenas de trabalhadores da construção civil de Sergipe entraram em greve por tempo indeterminado. Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (13), eles saíram dos canteiros de obras onde trabalham e percorreram várias outras construções em Aracaju em busca da adesão dos operários. Os grupos realizaram atos públicos nos bairros Farolândia, Atalaia e em frente a Assembleia Legislativa no Centro da capital.
A categoria reivindica 15% de reajuste salarial, cesta básica no valor de R$ 150 e plano de saúde. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Sergipe (Sintracon), o estado possui cerca de 25 mil trabalhadores atuando na área com carteira assinada.
“Já nos reunimos com o sindicato patronal seis vezes neste ano e não conseguimos chegar a um acordo. Eles chegaram a oferecer o reajuste de 7% e mais 2% para o mês de setembro, mas voltaram atrás e propuseram o aumento de 5,8%”, afirma Valdemar Francisco dos Santos, membro do conselho fiscal do Sintracon.
A equipe de reportagem do G1 SE ligou para o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) para saber como anda o processo de negociação com a classe operária, mas a assessoria de comunicação não soube informar qual a situação. Mas no fim da tarde desta segunda-feira, emitiu uma nota sobre o assunto, segue na íntegra:
Comunicamos que o SINDUSCON-SE nos últimos cinco anos tem sido sensível e justo quanto às reivindicações dos trabalhadores, tendo neste período, concedido um aumento de 65,89% para os profissionais, o que representa um ganho real de 34,01% sobre a inflação oficial. As negociações coletivas com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção do Estado de Sergipe iniciaram em janeiro, e tendo analisado as reivindicações, foram realizadas duas reuniões de mediação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e mais duas reuniões na sede do SINDUSCON-SE, cujas negociações evoluíram. Na terceira reunião agendada, os membros da Comissão de Negociação do SINDUSCON-SE foram surpreendidos com o retrocesso de tudo o que havia sido negociado em relação a percentual de aumento salarial e com uma atitude não condizente da comissão de negociação do SINTRACON, o que ensejou a solicitação, pelo SINDUSCON-SE, a retomada da intermediação do Ministério do Trabalho através de sua Superintendência Regional. Marcada reunião de mediação para o dia 10/05/2013, fomos novamente surpreendidos no dia 08/05/2013, por um ofício comunicando a declaração de greve geral a partir do dia 13/05/2013, antes mesmo de se tentar mais uma rodada de negociações. Embora entendamos ser legítimo aos trabalhadores exercerem o seu direito de greve, o SINDUSCON considera esta atitude inoportuna.
Fonte: G1