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Três hotéis do RJ passam por negociações para se tornarem prédios residenciais

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

A iniciativa é da Gafisa, que dá preferência por empreendimentos afetados pela queda do turismo

foto do interior de um complexo com varandas gregas, visto sob uma perspectiva inferior
A ideia de buscar por pontos do setor de turismo ganhou forças ao considerar que, até hoje, alguns negócios sofrem para recuperar-se das consequências da pandemia (Foto: Diego Grandi/Shutterstock)

07/10/2022 | 10:01  A incorporadora e construtora Gafisa divulgou que passa por negociações com três hotéis cariocas, para transformá-los em prédios residenciais. Isso porque, em uma pesquisa de mercado, a empresa percebeu que o número de empreendimentos hoteleiros em inadimplência cresceu drasticamente durante a pandemia, e que a reabertura desses negócios era especialmente adversa.

A iniciativa faz parte da proposta do novo presidente da Gafisa, Henrique Blecher, que incorporou à empresa uma de suas estratégias de maior sucesso. Com negócios de quase R$ 200 milhões, o empresário replica e amplia um método que consiste na busca por terrenos icônicos (que incluem construções de renome, hotéis com potencial de transformação ou espaços singulares) e elabora grandes projetos arquitetônicos residenciais.

Blecher conta que a ideia de buscar por pontos do setor de turismo ganhou forças ao considerar que, até hoje, alguns negócios sofrem para recuperar-se das consequências da pandemia. “O Rio de Janeiro, por exemplo, teve um crescimento grande da oferta e ficou com muitos hotéis”, complementa Ricardo Mader, diretor de Valuation and Advisory Services da JLL. “Tinha muito hotel familiar que já estava com tendência de vender. Aí veio a pandemia, perderam dinheiro e agora recomeçar como hotel é mais difícil”, diz.

Para as incorporadoras, no entanto, as vantagens só crescem — principalmente em razão da localização privilegiada e da área construída, que costuma ser bem maior do que permitido para um prédio convencional. Segundo Blecher, as três negociações com os hotéis, por exemplo, ainda são fruto de muito tempo de estudo. Ele explica que, até o momento de fazer a proposta, estudou mais de 35 empreendimentos.

E a Gafisa não é a única. O presidente da incorporadora contou que, nos últimos tempos, chegou a perder hotéis para outros grupos — como o Glória, no Rio de Janeiro, que acabou sendo adquirido pelo grupo Opportunity —, tamanha demanda.

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