Uso de madeira legal na construção é destaque em evento
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Objetivo do programa é incentivar o uso consciente e sustentável de madeira legal e de madeira certificada
04 de novembro de 2013 – ‘O combate à madeira ilegal é um dos mais exitosos e importantes programas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente’, afirmou Rubens Rizek, secretário adjunto da pasta, durante a abertura do 3º Seminário Programa Madeira É Legal, que aconteceu em outubro, em São Paulo.
O SindusCon-SP é um dos signatários do protocolo de intensões que criou o Programa Madeira é Legal, que conta com as participações de 27 entidades privadas e não governamentais, lideradas pelas Secretarias Estadual de Meio Ambiente e Municipal do Verde e Meio Ambiente, do SindusCon-SP, Sindimasp, RAA FGV, IPT e WWF. O objetivo do programa é incentivar o uso consciente e sustentável de madeira legal e de madeira certificada e combater o comércio de insumos de origem duvidosa.
“Ratificamos total prioridade ao programa. Madeira, no Brasil, é a solução e a exploração sustentável, no fundo, preserva o meio ambiente e melhora a qualidade de vida das pessoas”, afirmou Rizek.
Ele lembrou, em sua fala, que há um ano e meio o SindusCon-SP procurou a Secretaria com a proposta de ajudar a criar um sistema de rastreabilidade de resíduos sólidos da construção, já que a maioria das empresas sofrem com a concorrência desleal de quem não se preocupa com o meio ambiente. “Com a aquisição de madeira é parecido. O desmatador ilegal é um criminoso”, lembrou.
Lançamento – O seminário marcou o lançamento, com o apoio do SindusCon-SP, de duas publicações. O “Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil”, feito por IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e WWF-Brasil, lista vinte espécies de madeiras, pouco conhecidas e que podem ser utilizadas, para uso no setor da construção civil. Esta contribuição técnica visa ampliar a base de oferta de matéria prima para o setor, amenizando a demanda de madeiras tradicionais e reduzindo a pressão pela exploração de novas áreas florestais.
Já o livro “Comércio de Madeira – Caminhos para o Uso Responsável”, elaborado pelo Sindimasp (Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras do Estado de São Paulo) em parceria com o WWF-Brasil, que visa esclarecer o leitor sobre a problemática, desafios e metas do setor para os próximos anos, no intuito de tornar a madeira o produto do futuro, desde que adquirida de forma legal, responsável e sustentável. “Esperamos fazer com que consumidores de madeira, engenheiros, arquitetos, e todos aqueles que se interessam pela madeira e dela dependem, possam mudar a visão sobre este produto incrível, ecológico, renovável e totalmente reciclável. A madeira pode se tornar uma tendência da construção civil no Brasil como produto do futuro, assim como já ocorre em outros mercados, como dos EUA”, afirmou Rafik Hussein Saab Filho, executivo do Sindimasp.
“As publicações eram um sonho antigo do SindusCon-SP e devem ajudar muito sobretudo as construtoras e o consumidor final, os clientes, que têm mais dificuldade em obter informações sobre as madeiras alternativas que possam ser usadas em revestimentos e na decoração”, afirmou Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Comasp (Comitê de Meio Ambiente) do SindusCon-SP e membro da coordenação do Programa Madeira É Legal.
Ambas as publicações estarão em breve disponíveis para download na Biblioteca da Área de Meio Ambiente do SindusCon-SP.
Também no evento, quatro novas entidades subscreveram o protocolo do programa: Abimci (associação de processadores de madeira), Abipa (indústria de painéis de madeira), Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Mato Grosso) e Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal.
Avanços – As palestras do seminário mostraram que a cadeia produtiva da madeira está pronta para enfrentar novos desafios, após um bom avanço no estímulo ao uso da madeira de origem legal e certificada na construção civil no Estado de São Paulo, desde 2009. O Programa passa agora por uma fase de revisão de metas e compromissos, o que é importante para mensurar os esforços em prol do mercado da madeira legal.