Varejo de construção retoma crescimento
Expectativa do segmento é de fechar o ano com alta de 6,5% sobre 2008
09 de outubro de 2009 - O setor de material de construção e redes líderes Dicico, Telhanorte, C&C Casa e Construção e Nicom, que mesmo com a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), ainda não tinham sentido grande impacto nas vendas, já sentem retomada, com expectativa do segmento fechar o ano com alta de 6,5% sobre 2008, quando registrou recorde de faturamento, de R$ 43,2 bilhões.
O mês de setembro já surpreendeu e teve aumento de 4% nas vendas em relação ao mesmo mês do ano passado e de 4,5% frente a agosto, de acordo com a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). No acumulado do ano, a alta é de 3% sobre 2008.
Uma das redes mais otimistas, a Dicico, afirmou ter registrado recorde de faturamento em setembro, já que além da movimentação do mercado, promovem uma grande liquidação no período, com condições de pagamentos melhores.
Para o final do ano, de acordo com Cláudio Fortuna, diretor de Marketing da rede, a expectativa também é de grande movimento e devem terminar o ano com faturamento de cerca de R$ 800 milhões - crescimento de 42% sobre 2008.
"Temos estratégias muito agressivas e negociado com fornecedores para conseguir bons preços e manter as margens. Já estamos com alto volume de estoque para o final do ano", diz o diretor. A Dicico prevê terminar 2009 com cinco novas lojas, nas quais investiu cerca de R$ 20 milhões.
Para 2010, os diretores das redes já decidiram em seu planejamento estratégico que devem acelerar a expansão, com no mínimo dez novas unidades.
A Telhanorte, do grupo Saint-Gobain Distribuição Brasil, que detém as bandeiras Pro Telhanorte Center Líder, também afirma estar otimista em relação aos próximos meses. "Tradicionalmente, os meses de outubro e novembro são os melhores para o varejo da construção, é o nosso "natal"", afirma a empresa.
Com uma unidade com 18 mil metros quadrados em São Paulo, a Nicom diz esperar um incremento de 10% nas vendas nos próximos três meses. Segundo o proprietário da loja e diretor da Anamaco, Hiroshi Shimuta, a intenção é fechar o ano com um crescimento um pouco acima do esperado para o setor.
"Com a crise, as vendas caíram 20%, mas agora, o jogo já está em 1 a 1 e a expectativa é de nos próximos meses virar e fazer 2 a 1." Ele afirma que o IPI foi positivo, mas não reduz tanto o preço de uma obra e teve também que realizar promoções e reduzir o preço de alguns itens, ficando com margens apertadas, mas apostando em grande volume de vendas.
Desoneração
Para o diretor geral da rede C&C, Jorge Gonçalves Filho, "o setor está com boas perspectivas de crescimento e a visitação nas lojas tem aumentado". Ele destaca que "como o Governo manteve a redução do IPI para materiais de construção, isto também está ajudando no aumento do interesse do público".
Enquanto isso, a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção lembra que há um grande número de pessoas fazendo reformas, que devem ser finalizadas antes do Natal, além de ter expectativa de prorrogar o IPI. "Setembro indica uma retomada das obras, mesmo com grande índice de chuvas", afirma Claúdio Conz, presidente da entidade.
Com expectativa de alta nas vendas com reformas nos imóveis antes das festas de final de ano, o setor de material de construção, com Dicico, Telhanorte, C&C - Casa e Construção e Nicom, vê retomada do mercado.
A expectativa, que antes estava menos otimista por conta da crise, é de agora fechar o ano com alta de 6,5% sobre 2008, e faturar cerca de R$ 46 bilhões, conforme a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).
A Dicico é uma das mais otimistas, ao prever incremento de 42% frente ao ano passado. Em setembro, a rede registrou recorde de faturamento e, de acordo com Cláudio Fortuna, diretor de Marketing, a previsão é alcançar este ano R$ 800 milhões.
A concorrente Nicom espera crescer nas vendas 10% nos próximos três meses - período de ouro desse mercado. Para o diretor-geral da C&C Jorge Gonçalves Filho "a manutenção do IPI ajudará no aumento do interesse do público", disse ele.
Fonte: DCI