Varejo de material de construção viverá embate
Há perspectivas das varejistas terem de ampliar a negociação e buscar novos fornecedores
24 de fevereiro de 2012 - O varejo de material de construção deverá disputar ainda mais a negociação de estoques com as construtoras, já que a indústria da construção civil terá um ano bastante aquecido, com o início mais evidente das grandes obras de infraestrutura. Há perspectiva, inclusive, das varejistas terem de ampliar a negociação e buscar novos fornecedores devido a possível redução de estoque de determinados produtos, como o porcelanato, por causa do repasse direto às construtoras.
"Podemos ter um problema de estoque neste ano. As indústrias têm canalizado os negócios em obras, já que o setor da construção vem batendo recordes, e quem sofre com isso são as varejistas", diz Reinaldo Pedro Correa, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinistas da Grande São Paulo (Sincomavi).
Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), levanta outro problema. "Quando falamos de construtoras, queremos dizer aquele consumidor classe A e B que contrata uma construtora pequena para reformar sua casa. Ele vai pagar os materiais através da construtora sem a substituição tributária, enquanto clientes das classe C, D e E, que vão a uma loja, pagam um preço bem mais caro por causa dos impostos".
Para Jorge Letra, copresidente da Dicico, que atingiu receita bruta de R$ 840 milhões ano passado e agora mira a área de franquias, a negociação é algo levado a sério. "Temos uma relação bem próxima com os fornecedores. Conhecemos pessoalmente presidentes e diretores gerais das empresas que trabalham conosco".
Fonte: DCI