menu-iconPortal AECweb

Confira o valor do metro quadrado da construção com base nos dados do SINAPI

Texto: Juliana Nakamura

Segundo o SINAPI, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), valor do metro quadrado da construção em março variou 0,35%

Edificação em obras viabilizadas após análise do valor do metro quadrado da construção. Além do edifício, existem guindastes na imagem.(Foto: pickypix/Adobe Stock)

14/04/2025 | 10:19 – O valor do metro quadrado da construção hoje está em R$ 1.810,25. Desse total, R$ 1.043,45 são relativos aos materiais e a parcela da mão de obra corresponde a R$ 766,80. Os dados fazem parte da atualização de abril de 2025 do SINAPI — aferido pelo IBGE em conjunto com a Caixa Econômica Federal.

O indicador teve variação de 0,35% em março — o que representa uma alta de 0,12 ponto percentual em relação ao índice de fevereiro (0,23%). A título de comparação, em março de 2024, a alta foi de 0,07%.

Com a atualização mais recente, o acumulado dos últimos 12 meses do valor do metro quadrado da construção foi para 4,69% — percentual acima dos 4,39% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Confira, na tabela e gráfico abaixo, como o SINAPI variou nos últimos meses.

DataValor do metro quadradoVariação mensalAcumulado 12 meses
Março 2025R$ 1.810,250,35%4,69%
Fevereiro 2025R$ 1.803,900,23%4,39%
Janeiro 2025R$ 1.798,480,51%4,31%
Dezembro 2024R$ 1.790,660,21%3,98%
Novembro 2024R$ 1.786,820,24%4,03%
Outubro 2024R$ 1.782,510,53%3,86%
Setembro 2024R$ 1.773,200,35%3,46%
Agosto 2024R$ 1.767,090,63%3,12%
Julho 2024R$ 1.756,010,40%2,66%
Junho 2024R$ 1.748,990,56%2,49%
Maio 2024R$ 1.739,260,17%2,31%
Abril 2024R$ 1.736,370,41%2,51%
Março 2024R$ 1.729,250,07%2,36%


Gráfico demonstrando a variação do preço do metro quadrado da construção.

Custo da mão de obra

O custo da mão de obra no preço do metro quadrado da construção é R$ 766,80. Com taxa de 0,36%, e alguns reajustes observados no período, apresentou alta de 0,22 ponto percentual quando comparada a fevereiro (0,14%). O acumulado dos últimos 12 meses está em 6,04%.

Confira como o custo da mão de obra variou nos últimos meses.

DataCusto da mão de obraVariação mensalAcumulado 12 meses
Março 2025R$ 766,800,36%6,04%
Fevereiro 2025R$ 764,080,14%5,64%
Janeiro 2025R$ 763,020,97%5,63%
Dezembro 2024R$ 755,710,06%4,90%
Novembro 2024R$ 755,250,01%5,09%
Outubro 2024R$ 755,190,16%5,16%
Setembro 2024R$ 753,950,16%5,32%
Agosto 2024R$ 752,780,81%5,53%
Julho 2024R$ 746,700,53%5,35%
Junho 2024R$ 742,741,40%5,35%
Maio 2024R$ 732,460,44%5,31%
Abril 2024R$ 729,070,83%6,12%
Março 2024R$ 723,06-0,02%5,30%


Gráfico demonstrando a variação do custo da mão de obra no preço do metro quadrado da construção.

Custo dos materiais de construção

Já em relação aos materiais de construção, o custo em abril é R$ 1.043,45. A variação registrada pelo SINAPI em março foi de 0,35%. Considerando o índice de fevereiro (0,29%), houve alta de 0,06 ponto percentual. O resultado acumulado dos últimos 12 meses ficou em 3,71%.

👷 Acesse o Guia de Produtos do Portal AECweb para encontrar especificações técnicas, catálogos, lista de fornecedores e muito mais sobre materiais de construção.

Confira como o custo dos materiais variou nos últimos 12 meses.

DataCusto dos materiaisVariação mensalAcumulado 12 meses
Março 2025R$ 1.043,450,35%3,71%
Fevereiro 2025R$ 1.039,820,29%3,48%
Janeiro 2025R$ 1.036,900,18%3,36%
Dezembro 2024R$ 1.034,950,33%3,32%
Novembro 2024R$ 1.031,570,41%3,25%
Outubro 2024R$ 1.027,320,79%2,91%
Setembro 2024R$ 1.019,250,49%2,13%
Agosto 2024R$ 1.014,310,50%1,41%
Julho 2024R$ 1.009,310,30%0,76%
Junho 2024R$ 1.006,25-0,05%0,47%
Maio 2024R$ 1.006,80-0,05%0,24%
Abril 2024R$ 1.007,300,11%0,05%
Março 2024R$ 1.006,190,13%0,36%


Gráfico demonstrando a variação do custo dos materiais no preço do metro quadrado da construção.

Valor do metro quadrado por região

De acordo com o SINAPI, a região Sul registrou a maior variação mensal em março (0,43%) — com alta em todos os seus estados.

Na sequência, aparecem Norte (0,42%), Nordeste (0,35%), Sudeste (0,34%) e Centro-Oeste (0,24%).

Quando analisados os números de cada estado, o Acre ficou com a maior taxa no mês, com 4,11%.

Veja os detalhes nas tabelas:

SINAPI em março de 2025 com desoneração da folha de pagamento

Áreas Geográficas
Custos Médios
Números Índices
Variações Percentuais
R$/m²Jun/94=100MensalNo ano12 meses
Brasil1810,25906,130,351,094,69
Região Norte1879,34936,310,421,155,11
Rondônia1999,901115,140,460,818,92
Acre2069,711098,404,114,949,19
Amazonas1831,16896,26-0,030,391,35
Roraima1994,34828,230,090,235,15
Pará1847,43885,830,180,855,99
Amapá1844,68896,070,183,017,01
Tocantins1895,56996,660,020,883,09






Região Nordeste1682,30908,840,351,094,42
Maranhão1745,29919,720,360,254,65
Piauí1738,071155,150,382,536,50
Ceará1696,21979,760,321,955,26
Rio Grande do Norte1713,24863,640,411,683,85
Paraíba1740,35962,390,450,774,79
Pernambuco1614,18862,820,670,842,84
Alagoas1649,07823,681,152,484,62
Sergipe1607,93854,280,270,813,52
Bahia1667,48882,70-0,020,634,36






Região Sudeste1859,07890,010,341,205,18
Minas Gerais1717,89945,340,271,946,07
Espírito Santo1626,69902,61-0,05-0,023,31
Rio de Janeiro1979,12902,11-0,140,353,72
São Paulo1914,58864,420,601,235,41






Região Sul1932,06924,100,431,054,70
Paraná1944,46929,780,271,216,37
Santa Catarina2057,331113,910,891,383,38
Rio Grande do Sul1790,50812,500,220,393,17






Região Centro-Oeste1812,32924,980,240,703,15
Mato Grosso do Sul1751,24823,840,180,733,67
Mato Grosso1859,241060,400,410,332,07
Goiás1782,73941,570,241,334,23
Distrito Federal1832,72809,560,030,292,91


SINAPI em março de 2025 sem desoneração da folha de pagamento

Áreas Geográficas
Custos Médios
Números Índices
Variações Percentuais
R$/m²Jun/94=100MensalNo ano12 meses
Brasil1928,04964,170,351,114,76
Região Norte1990,91992,100,461,205,28
Rondônia2121,721183,090,440,809,17
Acre2196,661165,994,445,359,86
Amazonas1942,95951,37-0,020,351,61
Roraima2120,38880,470,190,355,30
Pará1953,21936,300,190,865,96
Amapá1953,81949,220,173,107,14
Tocantins2010,101057,210,121,063,33






Região Nordeste1785,57964,370,341,094,43
Maranhão1850,42975,200,340,254,71
Piauí1842,681224,550,362,596,53
Ceará1796,101036,800,311,925,26
Rio Grande do Norte1815,48914,910,391,683,72
Paraíba1845,671020,520,430,754,78
Pernambuco1714,98917,180,640,812,98
Alagoas1748,48873,821,232,614,59
Sergipe1707,42907,450,250,983,77
Bahia1773,85938,12-0,020,644,39






Região Sudeste1987,19950,740,331,245,25
Minas Gerais1829,841006,390,252,236,43
Espírito Santo1730,89960,37-0,05-0,033,48
Rio de Janeiro2120,90967,25-0,130,323,71
São Paulo2048,89925,250,581,175,38






Região Sul2063,63986,820,441,034,78
Paraná2080,28994,620,291,196,35
Santa Catarina2202,551192,910,911,363,62
Rio Grande do Sul1901,81863,400,200,363,20






Região Centro-Oeste1924,27982,140,240,693,22
Mato Grosso do Sul1859,46874,030,160,663,73
Mato Grosso1968,831123,370,450,392,00
Goiás1898,181001,810,241,314,47
Distrito Federal1945,52859,490,030,272,96

Por que o SINAPI é tão importante?

Produção conjunta do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Caixa Econômica Federal, o SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) foi criado em 1969. O objetivo era a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada, com abrangência nacional, para apoiar a elaboração e a avaliação de orçamentos, como também o acompanhamento de custos.

Hoje, o SINAPI é a principal tabela de referência para composições e preços de serviços e atividades de obras públicas e privadas no Brasil.

As séries mensais de custos e índices de custos referem-se ao valor do metro quadrado de uma construção no canteiro de obras. Elas não contemplam as despesas com projetos em geral, licenças, seguros, instalações provisórias, depreciações dos equipamentos, compra de terreno, administração, financiamento e aquisição de equipamentos.

As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.

INCC-M

Além do SINAPI, outro importante indicador de custos do setor é o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção), aferido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Assim como o custo por metro quadrado da construção determinado pelo IBGE, o INCC-M acompanha a evolução dos preços de materiais, serviços e mão de obra destinados à construção de residências. Ele é calculado em sete capitais — Brasília, Recife, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Como ficou o INCC-M em março?

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) registrou alta de 0,38% em março, porcentagem abaixo da variação de 0,51% observada no mês anterior.

Assim, o INCC-M acumula alta de 7,32% em 12 meses. A título de comparação, em março de 2024 o aumento observado no intervalo de 12 meses era de 3,29%.

Segundo o indicador, em março, o custo com a mão de obra cresceu 0,35%, marcando um recuo quando comparada ao índice de 0,59% observado em fevereiro.

Já o custo com materiais, equipamentos e serviços subiu 0,40% em março, ante 0,45% no mês anterior.

Gráfico demonstrando a variação do acumulado do INCC em 12 meses.O INCC-M acumula alta de 7,32% em 12 meses

Dentro do grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a categoria de Materiais e Equipamentos registrou variação de 0,42% em março, marcando um incremento menor em relação à taxa de 0,43% vista em fevereiro. De acordo com a FGV, o movimento reflete uma discreta tendência de enfraquecimento nos preços desses insumos, crucial para a execução de projetos de construção.

Ainda nessa categoria, o destaque no sentido ascendente foi o subgrupo "materiais para instalação", que viu sua taxa diminuir de 0,75% para 0,16%.

Na variação relativa a Serviços, observou-se uma desaceleração em sua taxa de variação, que passou de 0,68% em fevereiro para 0,19% em março. Esse recuo foi reflexo do item "projetos", que viu sua taxa decrescer de 0,81% para 0,17%.

Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre experimentaram desaceleração em suas taxas de variação, refletindo uma redução nos custos de construção nessas localidades.

Por outro lado, Recife e São Paulo  observaram aumento em suas taxas de variação, o que sugere uma alta relativa nos custos de construção nessas cidades.

CUB

Índices como o INCC e o SINAPI são fundamentais para os orçamentistas calcularem o custo da construção.

Além desses dois indicadores, outra referência importante para apoiar a estimativa de valores é o Custo Unitário Básico (CUB), calculado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de cada região, com base nos preços de produtos e serviços relacionados à atividade.

O CUB reflete a variação dos custos das construtoras. Além de ser um importante termômetro na variação dos custos de mão de obra e serviços, ele é de uso obrigatório nos registros de incorporação dos empreendimentos imobiliários.

O preço básico é determinado por metro quadrado e a apuração dos valores é feita segundo os projetos-padrões de referência.

x
Gostou deste conteúdo? Cadastre-se para receber gratuitamente nossos boletins: