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Venda de imóveis novos registra recorde anual da série histórica em 2022

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Foram mais de 146 mil novos imóveis vendidos em todo o Brasil, de janeiro a novembro de 2022

foto de uma miniatura de casa e várias pilhas de moedas ao lado
O presidente da ABRAINC, Luiz França, avalia que o setor deve continuar com um bom desempenho em 2023 (Foto: Hazal Ak/Shutterstock)

14/02/2023 | 11:20  A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgou um levantamento, realizado com 18 empresas, que registrou um novo recorde anual de vendas de novos imóveis em 2022.

Isso porque, nos 11 primeiros meses do ano passado, mais de 146 mil novos imóveis foram vendidos em todo o Brasil — um crescimento de 12,2% em relação ao ano anterior. Apesar de não considerar todos os meses do ano, o resultado já representa o novo recorde anual da série histórica dos indicadores Abrainc-Fipe, ao superar em 1,9% os 143.576 empreendimentos negociados durante todo o ano de 2021.

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As instituições afirmaram que o cálculo é dividido por três tipos de imóveis: os empreendimentos do programa Casa Verde Amarela (CVA), que representa unidades de Baixo Padrão (BP), as unidades descritas como Médio e Alto Padrão (MAP), e outros segmentos.

Nos 11 meses considerados, as comercializações que integram o CVA representaram a maior parte do mercado residencial no Brasil (67,7%), com um total de 99.244 imóveis vendidos. As casas MAP, apesar da boa performance, representam uma parcela menor de vendas, de 29,8%. Os demais 3.532 (3,5%) são de outros segmentos.

Ainda considerando o mesmo intervalo, a pesquisa também apontou que a entrega de novos imóveis cresceu 4,5%, caracterizada pela entrega de 74.319 unidades. Deste total, 64.629 foram de imóveis do CVA, 8.726 de MAP e 1.004 de diferentes tipos.

Distratos

Outro ponto importante para a boa atuação das vendas de novos imóveis no Brasil foi o baixo índice de distratos, ou seja, de quebra de contratos. De janeiro a novembro de 2022, o nível de rescisões registrou a menor taxa da série histórica, de 9,4% — um número 2,1% menor que em 2021.

“Para efeito de comparação, no fim de 2018 — quando foi publicada a Lei nº 13.786/18 (Lei do distrato imobiliário), que estabeleceu parâmetros para a resolução de contrato de compra e venda de imóveis por desistência e por inadimplemento das partes —, a relação distratos/vendas entre os imóveis de Médio e Alto Padrão era próxima dos 50%. Hoje, a determinação garante segurança para todas as partes envolvidas em um processo de aquisição, especialmente aos compradores de um empreendimento que terão seu imóvel entregue”, afirma a Abrainc.

Luiz França, o presidente da Abrainc, avalia que o setor deve continuar com um bom desempenho, gerando empregos e contribuindo para que muitos brasileiros possam realizar o sonho da casa própria.

Ele lembra que o consumidor brasileiro segue em busca de um novo imóvel, seja para sair do aluguel ou para investir — um dado confirmado pelo levantamento realizado pela Brain Inteligência Estratégica, que indica que 31% dos 1.200 entrevistados desejam adquirir um novo imóvel.

"O Brasil tem uma pirâmide etária ainda jovem se comparado a outros países, o que implica em uma alta taxa de formação de famílias nos próximos anos — cerca de 1,1 milhão por ano. Tudo isso reflete em uma forte demanda ao setor. Esperamos que o retorno do programa Minha Casa Minha Vida amplie o acesso a moradia às famílias mais carentes, contribuindo no combate ao déficit habitacional e na inclusão social para a população de menor renda”, finaliza o executivo.

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