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Vendas de imóveis novos caem em São Paulo

Texto: Redação AECweb

Número de unidades residenciais vendidas caiu 61,8% em março ante 2010 e 49,6% no 1 º trimestre, diz Secovi-SP

19 de maio de 2011 - As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo despencaram em março e no primeiro trimestre deste ano. Em entre janeiro e março, foram comercializadas 4.265 unidades, um volume 49,6% menor do que no mesmo período de 2010 e 11,7% abaixo do mesmo trimestre de 2009, quando o País foi afetado pelos efeitos da crise financeira internacional.

Dados do Secovi-SP, sindicato que reúne o setor da habitação, indicam que a venda do primeiro trimestre deste ano foi a menor para o período desde 2005. Quando se leva em conta só março, foram vendidas 1.566 unidades na capital paulista, um volume 61,8% menor em relação a março de 2010 e 16,2% abaixo de fevereiro deste ano.

Dois outros indicadores pesquisados pelo sindicato deixam claro que há uma mudança de rota no mercado imobiliário neste início de ano.

O número de lançamento de imóveis residenciais em março foi 47,3% menor que o registrado em fevereiro e 61,4% abaixo do mesmo mês de 2010. No primeiro trimestre deste ano foram lançadas 5.033 unidades na capital, um volume 18,7% menor do que no primeiro trimestre de 2010, mas 59,6% maior comparado ao mesmo período de 2009.

Também o indicador de vendas sobre ofertas, que mede o total de unidades vendidas em relação ao total ofertado recuou. Em março deste ano, o indicador atingiu 11,5%, ante 13,2% em fevereiro e 28,2% em março de 2010.

Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, atribui a retração do mercado a uma combinação de fatores. "Aumento da inflação com elevação da taxa básica de juros (Selic) deixam as pessoas mais pessimistas", diz.

Além disso, como os preços dos imóveis tiveram uma forte elevação nos últimos tempos, é natural que ocorra um ajuste. Também o fato de o carnaval ter caído neste ano no fim de março prejudicou as vendas do primeiro trimestre, porque muitos consumidores optaram por viajar no período.

"Essa retração não é uma tendência. No Feirão da Caixa as vendas bombaram", exemplifica Petrucci.

Maurício Eugênio, sócio-diretor da Elite Inteligência Imobiliária, diz que não há freada no mercado imobiliário. "O apetite do comprador é grande." Segundo ele, a retração registrada na capital resulta da queda no número de lançamentos. "A venda está caindo porque não tem produto adequado." Ele diz que a dificuldade de aprovar projetos e o excesso de burocracia atrasaram os lançamentos em São Paulo.

Fonte: O Estado de S. Paulo - SP

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