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Vendas de materiais de construção acumulam incremento de 4% no Mato Grosso

Texto: Redação AECweb

Levantamento foi divulgado pela Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac)

06 de junho de 2011 - As vendas de materiais de construção não registraram crescimento no mês de maio, em relação a abril, mas no ano acumulam incremento de 4%, segundo levantamento divulgado na última semana pela Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac). Na comparação com maio de 2010, as vendas registram incremento de 3%.

"Maio foi um mês atípico para a venda de materiais de construção. Os primeiros 15 dias ficaram abaixo da expectativa e as vendas só recuperaram na segunda quinzena. Mesmo assim, houve tempo para as vendas se recuperarem e empatamos com o mês anterior", analisa o presidente da Acomac, Antônio Guerino Zompero.

Ele atribui o fraco desempenho na primeira quinzena do mês passado ao "impacto psicológico" da alta dos juros determinada pelo governo federal para conter o processo inflacionário. "Na verdade, a medida teve pouco efeito prático, o problema é que os consumidores assustam e acabam influenciados pelo lado psicológico. De qualquer forma, acabou prejudicando".

Ele diz que pelo fato de a maior parte das obras serem financiadas, "não há como a construção civil sofrer queda. Além disso, os preços dos materiais sofreram redução no final do ano passado, após o governo do Estado ter reduzido a cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre praticamente todos os itens da construção". A alíquota do imposto caiu de 17% para 7% e, segundo Zompero, as lojas repassaram a diferença automaticamente para o consumidor.

De acordo com o presidente da Acomac, praticamente todos os produtos da cesta da construção estão com preços reduzidos. "A bolsa de cimento, por exemplo, que chegou a ser vendida por até R$ 28 no ano passado, agora pode ser encontrada até por R$ 16,90. O consumidor tem de andar, pesquisar e comprar onde os produtos estiverem com preços mais em conta", recomenda.

Por conta deste cenário, ele acredita que o setor da construção vai continuar aquecido. "Não podemos esquecer também que estamos em uma época favorável para a construção civil, no intervalo das chuvas. O consumidor deve estar atento a tudo isso e aproveitar o bom momento", disse.

A tendência, na avaliação de Zompero, é de que as vendas se mantenham aquecidas até o final do ano, com previsão de crescer 15% em relação a 2010.

Brasil

A pesquisa mensal exclusiva realizada pela Associação Nacional do Comércio de Materiais de Construção, em parceria com o Ibope Inteligência, apontou que, contrariamente às previsões, o varejo de material de construção no Brasil não registrou crescimento em maio sobre o mês de abril. Na comparação de maio com o mesmo mês do ano anterior, a queda registrada foi de 6%.

No acumulado do ano, o setor apresenta crescimento de 2,5%. Já na relação dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 7,5%.

Com aumento de vendas de 2,5%, o setor de fios e cabos de aço foi o de melhor desempenho no mês de maio. Já os setores de cimento, argamassas e tubos e conexões tiveram queda em relação a abril. Metais sanitários e cerâmicas se mantiveram estáveis.

"Para o nosso setor começa a ficar claro que a dose para segurar a economia pode ter sido exagerada. Os segmentos estão reagindo diferente uns dos outros", afirma Cláudio Elias Conz, presidente da Anamaco. "Nossa estimativa ainda é a de fechar o ano de 2011 com 8,5% de crescimento sobre 2010". Em 2010, o varejo de material de construção teve um desempenho 10,6% superior a 2009, atingindo um faturamento recorde no total de R$ 49,80 bilhões.

Fonte: Diário de Cuiabá - MT

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