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Vendas de materiais de construção recuam

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Outro dado do setor confirma o menor dinamismo na construção civil residencial

09 de outubro de 2012 - As vendas de materiais de construção, tanto no varejo como na indústria, caíram em setembro, refletindo o menor dinamismo do mercado de construção civil nos últimos meses.

No mês passado, as vendas industriais de cimento para o mercado interno somaram 5,6 mil toneladas, um volume 3,2% menor em relação ao mesmo mês de 2011, aponta pesquisa do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento. E, a cada trimestre, as vendas só perderam fôlego.

No primeiro trimestre, o mercado doméstico de cimento crescia a uma taxa de 13,7% em relação a igual período de 2011. No segundo trimestre, o acréscimo foi de 5,9% nas mesmas bases de comparação. No terceiro trimestre, a alta foi de 3,5%.

"A taxa de crescimento é menor, mas o desempenho continua positivo", observa o presidente do Snic, José Otávio Carvalho. Ele explica que o ajuste ocorreu em razão da conjuntura, isto é, do menor crescimento esperado para o País neste ano.

De acordo com estudo feito pela entidade, 75% das vendas de cimento do mercado interno são para edificações e, dessa parcela, mais da metade para construção civil residencial. "A desaceleração está vindo desse segmento e ela não está sendo compensada pelas obras de infraestrutura."

Outro dado do setor confirma o menor dinamismo na construção civil residencial. Em setembro, as vendas de material de construção no varejo, por exemplo, caíram 2,5% em relação a agosto, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Na comparação com o mesmo mês de 2011, a retração foi de 6% e em 12 meses até setembro a alta foi de apenas 0,5%.

Cláudio Conz, presidente da Anamaco, atribui a queda à greve bancária, uma vez que os materiais de construção têm a venda atrelada ao crédito. Mas, entre janeiro e setembro, só dois meses tiveram desempenho positivo. Por isso, a meta do início do ano de elevar em 8% as vendas foi revista para 4,5% e agora já está em 3%.

Fonte: O Estado de São Paulo

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