Vendas e lançamentos de imóveis novos registram alta na capital
Volume de imóveis lançados atinge 2º melhor performance de 2009, com 4.011 unidades
04 de fevereiro de 2010 - O mercado de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo registrou em novembro vendas de 2.611 unidades, com alta de 5,7% em relação ao volume comercializado em outubro (2.471 moradias), conforme Pesquisa sobre Mercado Imobiliário do Secovi-SP.
O economista-chefe do Sindicato, Celso Petrucci, lembra que, comparado ao mesmo mês de 2008, o resultado foi excepcional, com aumento da ordem de 48,4% sobre os 1.760 imóveis escoados em um momento de crise aguda na economia.
De acordo com o levantamento realizado pelo Departamento de Economia e Estatística da entidade, a relação entre o total comercializado em unidades no mês e o volume de oferta (medido pelo indicador Vendas sobre Oferta – VSO) foi de 17,5% em novembro – inferior aos 18,1% de outubro, mas consideravelmente superior a novembro de 2008 (8,4%).
Em novembro, houve maior equilíbrio entre os segmentos em termos de participação. Mesmo assim, o nicho de três dormitórios sobressaiu, com a venda de 858 unidades e uma fatia de 32,9% – ou seja, um terço do total comercializado no mês. Imóveis de dois quartos representaram 29,8% do mercado, com 777 unidades escoadas, seguidos pelos de quatro dormitórios, com 23,7% e 620 moradias vendidas.
Lançamentos residenciais
Levantamento realizado pela Empresa Brasileira de Estudos sobre Patrimônio, a Embraesp, aponta o lançamento de 4.011 unidades residenciais na cidade de São Paulo em novembro. Superior em 1.400 unidades ao volume comercializado no mês, essa produção só não teve melhor desenvoltura no ano que a de setembro, quando foi registrada a marca de 4.286 unidades colocadas no mercado.
O volume de novembro foi 59,4% superior ao total lançado em outubro e 59,3% maior que o percebido no penúltimo mês de 2008.
Resultados acumulados
O total de unidades comercializadas nos onze meses de 2009 ficou em 30.169 moradias, contra 31.170 de igual período de 2008, correspondente à redução de 3,2%. “Sempre é bom lembrar que essa diferença entre os períodos acumulados de 2008 e 2009 foi consideravelmente maior nos meses anteriores, e tende a zerar ou até a apresentar um leve crescimento para o final do ano”, acentua o economista-chefe do Secovi-SP.
Os lançamentos acumulados de janeiro a novembro de 2009 atingiram 23.997 unidades, 24,6% inferior ao percebido no mesmo período de 2008, com 31.812 unidades.
Considerações
O mercado de imóveis novos residenciais da Capital encerrará 2009 contrariando o que se previa no início do ano, época em que se lamentava a constatação de uma nova realidade, ainda por conta dos efeitos da crise mundial. Para Celso Petrucci, os resultados serão modestos se comparados com 2008. "Mas sempre é bom recordar que o ano de 2007 e até agosto de 2008 foram períodos excelentes para o setor e para a economia.”
O ano de 2010 inicia com ótimas perspectivas para o mercado imobiliário, com previsão de retomada dos lançamentos, recursos abundantes para financiamento e a continuidade das contratações do programa Minha Casa, Minha Vida, focado nas famílias de mais baixa renda. “Enfim, espera-se um ano com produção de 10% a 15% superior a 2009.”
Essas expectativas, conforme salienta Petrucci, pressupõem normalidade dos fundamentos econômicos, e isso parece razoavelmente garantido, apesar de a crise internacional persistir em muitos países. Mesmo assim, há muito a fazer, incluindo a redução dos entraves burocráticos que dificultam o bom desempenho da atividade imobiliária.
“Um bom exemplo é o incentivo a iniciativas que permitam a concentração das informações sobre o imóvel na matrícula, o que contribui para acelerar as transações imobiliárias”, diz. “Outro fato relevante é a necessidade de manutenção dos valores que constituem os alicerces da nossa sociedade, como a proteção à propriedade privada.”
Fonte: Secovi-SP