O Projeto de manejo de águas pluviais desenvolvido pela FLUXUS ganhou o Prêmio Von Martius de Sustentabilidade 2013, ficando em terceiro lugar na categoria tecnologia
O Estádio Nacional de Brasília, mais conhecido como ‘Mané Garrincha’, foi inaugurado em 1974. Passou por reformas para receber a Copa das Confederações FIFA em 2013 e a Copa do Mundo FIFA 2014.
Faz parte do complexo esportivo Ayrton Senna, que abrange o Ginásio de Esportes Nilson Nelson e o Autódromo Nelson Piquet.
Seu entorno envolve, ainda, estacionamento, esplanadas de acesso de pedestres, jardins, espelhos d’água e lago, compondo uma área de 845.796,00 m².
O ponto crucial era ambicioso. Afinal, se construir um empreendimento sustentável não é tarefa das mais simples, o que dizer de uma obra já existente, ainda mais se tratando de um estádio de futebol? Mais do que isso: o desafio estava em tornar o Estádio ‘Mané Garrincha’ o primeiro do mundo a conquistar nada mais, nada menos, do que o selo LEED Platinum (Leadership in Energy and Environmental Design), o nível mais exigente de certificação criado pelo U.S Buiding Council e o maior em reconhecimento internacional.
De acordo com Tania Knapp da Silva, arquiteta e assistente do projeto, no que diz respeito à água, foram adotadas algumas estratégias para a redução do consumo com a utilização de vasos sanitários de duplo acionamento e mictórios de baixo consumo; peças com arejadores e redutores de vazão; e aproveitamento de água de chuva das coberturas e da drenagem do campo.
“No entanto, o LEED estipula para edificações desse gênero a adoção de medidas e comprovação por cálculos e modelagem. Esse tipo de resultado dependia não apenas de cálculos, mas de um conhecimento em técnicas que viabilizasse a retenção e melhoria de qualidade de água, ocupando os poucos espaços então disponíveis. Os projetos de arquitetura e de paisagismo estavam em um estágio avançado, com fortes restrições à ajustes, uma vez que estes dependiam da aprovação de uma série de atores”, conta.
Assim, o projeto tinha como objetivo inicial atender aos créditos LEED SS6.1 (redução de escoamento superficial) e SS6.2 (melhoria da qualidade do escoamento superficial). No entanto, a atuação foi ampliada e incluiu o desenvolvimento de projetos técnicos e a integração do sistema de drenagem externo aos sistemas internos de aproveitamento de água de chuva, coletada na cobertura e na drenagem do campo, com a intenção de completar o suprimento existente de água de chuva, chegando a 100% do atendimento não-potável ao longo do ano.
A FLUXUS Design Ecológico foi chamada para prestar consultoria e contribuir na pontuação faltante para a creditação do LEED-Platinum.
“A empresa cuidou de toda a parte de consultoria de avaliação e sugestões técnicas de melhoria do sistema de água de chuva para as instalações do estádio. Fez o projeto técnico de medidas compensatórias em microdrenagem integradas ao projeto paisagístico para atender os créditos LEED 6.1 e 6.2. Além disso, atou na reformulação de sistemas internos com o objetivo de permitir a integração e viabilizar a utilização da água de drenagem superficial”, explica Tania.
A FLUXUS lançou mão, basicamente, de 10 técnicas e tecnologias para atender as necessidades do projeto, integrando-as em um sistema de tratamento e aproveitamento:
A empresa cuidou de toda a parte de consultoria de avaliação e sugestões técnicas de melhoria do sistema de água de chuva para as instalações do estádio
Os resultados de todas essas atuações foram:
A FLUXUS Design Ecológico desenvolve projetos e tecnologias que criam soluções customizadas de manejo integrado de água. Isso engloba estratégias conjuntas de atendimento das necessidades de curto, médio e longo prazo de empreendimentos. Atua nas demandas do ambiente natural, aliadas a escolhas tecnológicas que apresentem mínimo consumo de recursos, baixa manutenção, alta eficiência e simplicidade de operação.