Um pouco de luz, embora muita segurança e conforto. É assim que poderíamos iniciar um texto para falarmos de segurança e iluminação de emergência.
Quando me lembro daquela tarde, cujo incêndio abalou os paulistanos, no edifício ANDRAUS, na Avenida São João e com os meus próprios olhos acompanhei carros de bombeiros vindo de todas as partes, helicópteros tentando resgates sobre o prédio, pessoas sendo cozidas dentro da caixa d’água no topo do prédio, alguns dos indivíduos que se atiraram de janelas, cenas inesquecíveis, foram preciso vidas perdidas para se começar a falar de segurança, todo o alarde no Brasil só se enxerga enquanto a ferida ainda sangra, pouco se fez e foi preciso o segundo e muito pior incêndio, para realmente começar a se falar em segurança, o JOELMA, que pelo destino não estive presente fisicamente, mas foi tele visto por todos os brasileiros, deixando, não rastros de sangue e sim poças de muito sangue.
Hoje, a mais de 30 anos dos fatos ocorridos, fico ainda imaginando pessoas que não tomam conhecimento de leis e normas de segurança, e que por poucos tostões, não adquirem produtos normalizados colocando a vida de cidadãos em jogo. Como exemplo, coloco o produto iluminação de emergência. Senhores, vossos pais e os pais destes elementos citados, cuja idade avançada ainda lhes dá o direito de caminhar, e sendo morador de um edifício com escadarias, precisa se locomover por um motivo qualquer, existindo a falta da energia, o idoso, que tem deficiência visual, “normal com o passar dos anos”, pode vir a sofrer uma queda, provocada por falta da iluminação de emergência ou ainda quando o equipamento serve de enfeite de parede.
Quando falo de enfeite de parede são duas situações, realmente o equipamento não entra em emergência ou ainda não fornece a iluminação de acordo com as normas vigentes no país, sendo esta a NBR 10898 de novembro de 1.999, da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Senhores Empresários, todas as normas pedem o mínimo de X ou de Y, e porque não atendermos, será que teremos que assistir novas desgraças coletivas, pois as individuais, ocorrem diariamente, citamos o Metrô, crianças que caem das varandas e janelas, pessoas que tropeçam e caem em degraus de escadas, prédios que desmoronam sozinho. Todos estes fatos acontecem pela inexperiência ou pela ganância. Se gasta milhões na construção de um prédio e quando entra no estagio de acabamento, cujo dinheiro começa a sair do planejamento financeiro, e principalmente quando entra a fase da segurança, começa a maldita economia, fiação, tubulação, portas corta-fogo, alarmes de incêndio, corrimãos, luminárias de escadas, iluminação de emergência, iluminação de balizamento, rotas de fuga, etc.
Senhores Legisladores, pergunto aonde se encontram os fiscais, onde estão os senhores dos “habite-se”, como estão às escritas nas cartilhas que se usa para aceitar os produtos que se encontram nas obras, qual o grau de conhecimento dos elementos citados.
Respostas são jogadas aos ventos: Compro o mais barato, pois só serve para o Corpo de Bombeiros dar o “habite-se”!
Chamo a atenção de todos sobre o projeto de lei (PL) 717/03 que tramita na Câmara Federal autoria do Deputado Mendes Thame, que estende aos produtos importados as mesmas exigências de segurança e qualidade que são cobradas dos produtos de fabricação nacional. Assim os importados deverão estar em conformidade com a Regulamentação Técnica Federal.