Desde a Primeira Revolução Industrial, inovações como o microscópio, a anestesia e a vacinação transformaram o diagnóstico e o tratamento de doenças. A Segunda Revolução Industrial trouxe descobertas como a penicilina e a insulina, além de avanços no diagnóstico por imagem com a radiografia e a eletrocardiografia. A Terceira Revolução Industrial, marcada pela explosão da tecnologia da informação e da comunicação, introduziu a tomografia, a ressonância magnética e a telemedicina, permitindo uma gestão mais eficiente e segura.
Já a Quarta Revolução Industrial, com a qual estamos vivendo, está redefinindo a medicina para um novo patamar com tecnologias como inteligência artificial, robótica, impressão 3D e Internet das Coisas. Essas inovações proporcionam precisão e eficiência inéditas, permitindo uma medicina de alta tecnologia e precisão.
No entanto, enquanto a medicina avança, a construção civil brasileira ainda enfrenta desafios estruturais, sendo um dos setores que menos tem inovado ao longo dos anos, pois basicamente seguimos com técnicas construtivas que ainda estão na idade da pedra, tal qual a humanidade fazia há milhares de anos.
O uso de técnicas tradicionais como a alvenaria resulta em obras demoradas, desperdício de materiais e impactos ambientais significativos. A mão de obra muitas vezes é desqualificada, e há uma grande geração de resíduos. Essas práticas contrastam fortemente com a necessidade crescente de construções rápidas, eficientes e sustentáveis, especialmente no setor hospitalar.
Não precisamos mais apenas empilhar pedras e usar um modelo de construção do século passado; chegou a hora da revolução na forma como edificamos as instalações de saúde, com o uso do Light Steel Frame e de técnicas de construção industrializada.
O Light Steel Frame é uma técnica de construção a seco, onde perfis de aço galvanizado são montados de forma precisa para criar estruturas resistentes e duráveis. Entre os principais benefícios dessa técnica estão rapidez e eficiência, sustentabilidade, durabilidade, flexibilidade e qualidade do ambiente. A construção com Light Steel Frame é muito mais rápida que a alvenaria tradicional, podendo reduzir o tempo de obra em até 50%, com total controle de prazos e custos.
A construção a seco gera em até 90% menos entulho e apenas 1% do consumo de água de uma construção tradicional minimizando o desperdício e o impacto ambiental. As estruturas possuem durabilidade estimada de até 400 anos, sem as patologias comuns na alvenaria, como infiltrações e trincas. Além disso, a estrutura é desmontável e remontável, facilitando futuras reformas ou ampliações sem a necessidade de demolição. A menor geração de resíduos e emissão de CO2 durante a construção, juntamente com um ambiente de obra mais limpo e organizado, garantem qualidade superior ao ambiente.
Nos últimos anos, a demanda por construções com Light Steel Frame aumentou substancialmente. No Brasil há um crescimento anual aproximado de 25% nas edificações que utilizam estruturas metálicas. Além disso, o sistema construtivo em Light Steel Frame tem sido impulsionado por novas normatizações que garantem a qualidade e a segurança das obras. A aprovação da Norma Brasileira de Light Steel Framing, por exemplo, foi um passo importante para a padronização e regulamentação do uso desse método no país. A expectativa é que o uso do Light Steel Frame continue crescendo a uma taxa anual de 4,8% nos próximos anos, enquanto a perspectiva da construção de alvenaria estrutural enfrenta um declínio.
Com a transformação contínua da ciência e da medicina, as instalações hospitalares precisam acompanhar essas mudanças, oferecendo infraestrutura moderna e de alta qualidade. A adoção do Light Steel Frame proporciona inúmeros benefícios, começando pelo planejamento detalhado, que evita atrasos e imprevistos, e pela alta precisão, eficiência e adaptabilidade desse modelo construtivo. Hospitais construídos com essa matéria prima são mais eficientes energeticamente e sustentáveis do ponto de vista ambiental. A facilidade para realizar reformas e ampliações permite que os hospitais cresçam e se adaptem rapidamente às novas demandas. Além disso, estruturas mais duráveis reduzem a necessidade de manutenções frequentes, garantindo segurança e economia no longo prazo.