foto de uma pessoa segurando uma espátula e uma tabua com argamassa líquida em cima

(Foto: Shutterstock)

Condição para garantir a durabilidade e a salubridade das edificações, a impermeabilização protege as estruturas contra a ação nociva da água e da umidade que aceleram a deterioração e comprometem as condições de uso e de higiene. Áreas molhadas, como cozinhas, banheiros, áreas de serviço e sacadas, precisam receber tratamentos que garantam alto poder de estanqueidade. A indústria disponibiliza múltiplas tecnologias para isso, desde os produtos moldados in loco, aplicados com trincha, aos pré-fabricados, como as mantas asfálticas.

Seja qual for a opção, é importante que a aplicação seja precedida por um projeto realizado por profissional qualificado. Após avaliar a área a ser trabalhada, o projetista define o sistema a ser adotado e prepara desenhos técnicos para evitar possíveis problemas de execução em regiões críticas como em ralos, encontro com tubulações e quinas.

Falhas na impermeabilização de áreas molhadas são causa de manifestações patológicas graves, como mofo, descolamento de revestimentos, formação de bolhas na pintura e danos no forro de gesso do pavimento inferior.

Como escolher impermeabilizante para áreas molhadas?

Entre as soluções usuais para áreas molhadas, destacam-se os sistemas de impermeabilização moldados no local, como as argamassas poliméricas e as mantas líquidas acrílicas. De fácil aplicação, esses produtos consomem menor espessura, exigindo apenas a regularização e a aplicação do impermeabilizante.

Há, também, os sistemas pré-fabricados, como as mantas asfálticas, que envolvem as etapas de regularização, impermeabilização e proteção mecânica antes do assentamento do revestimento cerâmico.

Ao definir qual tecnologia adotar para impermeabilizar áreas molhadas, um cuidado inicial é avaliar as características do local. “É importante verificar qual é o desnível entre ambientes secos e molhados”, cita Luís Fernando Guggenberger, executivo de Marketing, Inovação e Sustentabilidade da Vedacit.

“Também é preciso avaliar se a aplicação ocorrerá em área interna ou externa, em local elevado ou térreo, bem como se o impermeabilizante ficará exposto ao sol e se o revestimento será assentado diretamente sobre o produto”, acrescenta Emerson Bispo Santos, coordenador técnico no segmento Distribuição Pro Dealers na Sika. Segundo ele, há muitas soluções disponíveis no mercado com particularidades distintas que podem influenciar o custo e a durabilidade do serviço. Por isso, antes de adquirir um produto, é fundamental conhecer suas características visando a melhor relação custo-benefício. “Fatores como a necessidade de mão de obra especializada para aplicação, o tempo de secagem entre demãos e o rendimento do produto devem ser considerados na comparação”, diz Santos.

As argamassas poliméricas, por exemplo, podem ser encontradas nas versões monocomponente e bicomponentes, com consumo entre 3 a 4 kg/m². Aplicadas em demãos, algumas mantas líquidas de base acrílica exigem intervalo de 4 horas para secagem e apresentam consumo de 1,8 kg/m². Mais recentemente, a indústria passou a oferecer, também, produtos de secagem rápida e alto rendimento, com intervalo entre demãos de apenas 1 hora e consumo de 1,5 kg/m².

Impermeabilização de áreas molhadas: aspectos críticos

Segundo Guggenberger, além da qualidade, do rendimento e dos atributos técnicos, é importante o consumidor estar atento às práticas do fabricante, especialmente o comprometimento da empresa quanto às normas técnicas, a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. “Quando se trata de impermeabilizantes, sempre há diferenças na composição química. Por isso, uma dica importante é consultar a ficha técnica do produto e, em caso de dúvidas, entrar em contato com a assistência técnica”, destaca ele.

Independente da tecnologia especificada, a qualidade da execução é crucial para garantir que o sistema tenha o desempenho esperado. “O sucesso da impermeabilização em áreas molhadas passa pela qualidade da aplicação do produto escolhido”, diz Santos, lembrando que o aplicador precisa se atentar a todas as recomendações do fabricante, desde a preparação da superfície até os cuidados após a execução.

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Colaboração técnica

Emerson Bispo Santos – Engenheiro civil, atua na Sika desde 2005 onde passou por vários departamentos como atendimento e laboratório. É coordenador técnico no segmento Distribuição Pro Dealers.

Luís Fernando Guggenberger – Formado em publicidade e propaganda e pós-graduado em comunicação empresarial, é executivo de Marketing, Inovação e Sustentabilidade da Vedacit.

Como comprar produtos para impermeabilização de áreas molhadas?