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Como escolher a empilhadeira certa para o transporte de cargas?

Equipamentos para movimentação devem ser selecionados levando em conta as características da estrutura de armazenagem e dos produtos transportados. Veja mais a seguir

Publicado em: 20/03/2018Atualizado em: 21/03/2018

Texto: Redação PE

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A escolha correta da empilhadeira pode ajudar na redução de custos (foto: Dmitry Kalinovsky / shutterstock)

Equipamentos de primeira importância para a movimentação de cargas, as empilhadeiras são utilizadas para levantar e mover objetos pesados, impossíveis de serem erguidos manualmente. O dimensionamento adequado dessas máquinas ajuda a reduzir custos e a maximizar a eficiência operacional. Por isso, ao especificar um modelo para determinada situação, vale aplicar uma série de análises e observações cuidadosas.

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COMO ESCOLHER?

A primeira preocupação deve ser conhecer a fundo que tipo de material será manuseado, incluindo embalagem, dimensões, pesos e alturas a serem alcançadas.

O equipamento deve ser compatível com o tipo de estrutura de armazenagem do local, que pode variar de porta-paletes com acesso simples a estruturas tipo drive-in, que preveem a entrada da empilhadeira internamente na estrutura para o depósito ou retirada de paletes.

Todo o espaço que será utilizado para manuseio do equipamento é determinante, como a altura do vão de passagem
Osmar Vinci Filho

Também devem ser consideradas as distâncias a serem percorridas pela máquina, as jornadas de trabalho em operação e a área onde a empilhadeira irá operar, se fechada ou aberta. “A largura dos corredores, no caso de uso interno, é outro item a ser considerado. Todo o espaço que será utilizado para manuseio do equipamento é determinante, como a altura do vão de passagem”, comenta o executivo de vendas da Apoio Logística, Osmar Vinci Filho.

“Com essas informações em mãos, é possível definir o tipo de empilhadeira mais apropriado para a operação”, comenta o consultor em gestão e supply chain Hernani José Roscito. Ele lembra que os gestores não podem deixar de analisar requisitos de manutenção, especialmente relacionados à recarga de baterias nas máquinas elétricas e à disponibilidade de peças de reposição, bem como a facilidade de operação e a produtividade prometida pelo fabricante do equipamento.

A indústria dispõe de ampla variedade de empilhadeiras que, de modo geral, se enquadram em quatro categorias principais: manuais, elétricas, à combustão e portuárias.

EMPILHADEIRAS ELÉTRICAS E À COMBUSTÃO

Robustas, as empilhadeiras movidas à combustão (diesel, GLP ou gasolina) têm custo bastante competitivo e são indicadas para aplicações em espaços externos e em terrenos com irregularidades.

Apropriadas para uso em ambientes internos, as empilhadeiras elétricas são versáteis – podem ser usadas em terrenos lisos ou irregulares – e têm a vantagem de não emitirem muito ruído, nem gases poluentes. Essas máquinas podem ser do tipo patolada (com elevação de até 5 m), retrátil (capaz de atingir alturas em torno de 12 m), contrabalanceadas (boas para operação em rampas mais inclinadas), pantográficas (indicadas para estocagem com dupla profundidade) e trilaterais (para corredores extremamente estreitos).

Ambientes com características especiais – caso de frigoríficos, por exemplo – exigem empilhadeiras projetadas com proteção para o sistema elétrico e eletrônico, em função de condensação e umidade.

EMPILHADEIRAS MANUAIS E PORTUÁRIAS

Geralmente oferecidas para locação, as empilhadeiras manuais têm custo mais baixo e são indicadas para aplicações mais leves. Embora funcionem através da força braçal, possuem mecanismo de roldanas que ajudam o operador a não dispender muita energia. Podem ser encontradas, também, na versão semielétrica, com tração manual e elevação por acionamento elétrico.

Máquinas de grande porte, as empilhadeiras portuárias, como o próprio nome indica, são utilizadas em portos para a movimentação de contêineres.

MAIOR CONTROLE DE OPERAÇÃO

Nos últimos anos, essas máquinas passaram por importantes melhorias, tanto na parte mecânica, quanto na tecnologia embarcada. A evolução da indústria tem focado o conforto do operador, a melhor dirigibilidade do equipamento e o desenvolvimento de comandos auxiliares para controle da elevação.

Outros incrementos foram notados na interface de dados de comando entre a máquina e o sistema de gerenciamento do estoque, assim como na gestão remota do equipamento
Hernani José Roscito

“Outros incrementos foram notados na interface de dados de comando entre a máquina e o sistema de gerenciamento do estoque, assim como na gestão remota do equipamento, com especial atenção aos índices de produtividade, controle de condução dos operadores, exposição a riscos, dados de manutenção etc.”, diz Roscito.

MANUTENÇÃO PERIÓDICA

O funcionamento pleno e sem interrupções inesperadas das empilhadeiras está diretamente relacionado à conservação adequada do equipamento. Nesse ponto é fundamental o respeito estrito às recomendações do fornecedor quanto às manutenções periódicas e ao uso de peças de reposição originais. Segundo Hernani José Roscito, deve ser dada atenção especial às baterias das empilhadeiras elétricas, uma vez que sua vida útil depende da frequência e regularidade das recargas, respeitando-se todas as suas etapas (carga, estabilização e resfriamento).

Outra recomendação é adotar um checklist a ser preenchido pelo operador antes do início da operação. Com ele, é possível detectar previamente avarias, mal funcionamento e outras irregularidades com a empilhadeira.

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Colaboração técnica

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Hernani José Roscito – Administrador de empresas e economista, atua há mais de trinta anos no desenvolvimento e implantação de projetos na área logística. É sócio proprietário da MA&R Consultoria e Gestão em Supply Chain
Osmar Vinci Filho – Executivo de vendas da Apoio Logística. É pós-graduado em Logística Empresarial pela Fundação Vanzolini