Confira os principais destaques da 7ª edição da Greenbuilding Brasil
No evento realizado em São Paulo, stands e palestras apresentaram novas soluções sustentáveis
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Evento apresentou novas concepções, técnicas, materiais, serviços e tecnologias inovadores na esfera da construção verde (Foto: Fotoperfil / Salvi Cruz e Newton Santos)
Realizada entre os dias 9 e 11 de agosto, a 7ª edição da Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo 2016 ocorreu paralelamente à 1ª edição da High Design – Home & Office Expo, no SP Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo. Segundo Felipe Faria, CEO da GBC Brasil, o grande atrativo dessa edição foi a junção da sustentabilidade e do design – para ele, quando somados, esses conceitos tornam-se imbatíveis.
Além de stands que apresentavam novas concepções – como a Casa Conceito –, além de técnicas, materiais, serviços e tecnologias inovadores na esfera da construção verde em todo o mundo, o principal evento da construção sustentável da América Latina contou com sessões educacionais ministradas por especialistas nacionais e internacionais.
Grande atrativo dessa edição foi a junção da sustentabilidade e do design (Foto: Fotoperfil / Salvi Cruz e Newton Santos)
A Greenbuilding Brasil também divulgou dados do mercado da construção sustentável; o Brasil ocupa a 4ª colocação no ranking, com 1120 projetos e mais de 31 milhões de m², e a melhor posição entre os países da América Latina.
Guiado pelo conceito “a transformação em suas mãos”, o evento foi criado com intuito de encorajar atitudes, engajando o indivíduo, fazendo-o destoar do conceito de que ações individuais não surtem efeito. “A ideia foi mostrar o quão forte é a atitude de uma pessoa quando é norteada por esses valores”, destaca Faria.
O principal evento da construção sustentável da América Latina contou com sessões educacionais ministradas por especialistas nacionais e internacionais (Foto: Fotoperfil / Salvi Cruz e Newton Santos)
EFICIÊNCIA E ECONOMIA
Películas Air 80 são feitas com múltiplas camadas de poliéster que bloqueiam a incidência dos raios UV, UVA e UVBe (Foto: Divulgação Eastman)
A Eastman apresentou as películas da linha LLumar, que são soluções sustentáveis para o fechamento de sacadas, claraboias, vitrines e residências. As películas Air 80 são feitas com múltiplas camadas de poliéster submetidas a processos industriais de combinação de metais e tecnologia nanocerâmica. Destacam-se pela capacidade de bloquear a incidência dos raios UV, UVA e UVB, que, além do câncer de pele em seres humanos, também podem causar danos ao mobiliário, como a perda de cor. “Ademais, elas impedem a entrada de infravermelho, bloqueando uma grande porcentagem de radiação solar, diminuindo a demanda dos sistemas de ar-condicionado, o que resulta na economia de energia e dinheiro”, completa Gabriel Crosta, gerente de vendas da América do Sul da Eastman. A solução não impede a entrada da luz, evitando que os ambientes fiquem escuros, e possibilita o ganho de até nove pontos Leed.
INOVAÇÃO
OPV é 100% orgânico, reciclável e gasta pouquíssima
energia em sua fabricação (Foto: Divulgação Sunew)
Nascida de um spin-off da CSEM, que é um centro de pesquisa e desenvolvimento localizado em Belo Horizonte/MG, a Sunew tem como objetivo a fabricação e a comercialização do OPV (filme fotovoltaico orgânico); uma superfície de pet composta por cinco camadas de polímeros impressos. As suas principais características são: a leveza, a transparência, a flexibilidade e a baixa pegada de carbono. “Para produzir o painel de silício, por exemplo, é gasta uma grande quantidade de energia, e ele tem de trabalhar por vários anos para ‘pagá-la’. Porém, o OPV é 100% orgânico, reciclável e gasta pouquíssima energia em sua fabricação”, destaca Daniel Paixão, gerente comercial da Sunew.
A solução pode ser usada em tendas e estufas; coberturas leves; gadgets; mobiliário urbano; carros e caminhões frigoríficos; e até em fachadas, nas quais os painéis de silício não são geralmente usados. O OPV absorve os raios ultravioleta, gerando conforto térmico para o ambiente interno, evitando que esquente demais. Isso economiza energia, pois diminui a demanda de ar-condicionado.
Stands apresentaram novas concepções para o mercado da construção sustentável (Foto: Fotoperfil / Salvi Cruz e Newton Santos)
RECICLAGEM
Há mais de 20 anos no setor brasileiro de pisos e carpetes, a empresa americana Shaw Contract Group aposta na reciclagem para o desenvolvimento de seus produtos. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem caçambas espalhadas pelas “Leroys Merlins da vida” destinadas ao descarte de carpetes, que, posteriormente, são reaproveitados pela empresa na fabricação de fios para a confecção de seus produtos. “Aqui no Brasil, nós só reciclamos nosso próprio carpete, pois não sabemos qual o tipo de matéria-prima dos outros produtos”, diz Carolina Azevedo, arquiteta da empresa. Além disso, a Shaw também emite uma declaração de que o carpete será 100% reciclado e que não será enviado para lixões.