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Conheça opções para o revestimento interno de piscinas

Na hora de especificar é preciso considerar efeito estético, execução e materiais de fixação

Publicado em: 07/01/2014Atualizado em: 31/03/2023

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Piscina atérmicaFoto: Divulgação/Castelatto / Projeto: Joanna Cirufo e Adriana Rezende

Há muitas opções de materiais disponíveis para revestir piscinas, que variam do tradicional azulejo às pastilhas de vidro ou cerâmicas. No entanto, alguns fatores podem determinar a escolha do revestimento como, por exemplo, o custo e o efeito que se pretende causar.

A composição química da água, por exemplo, é um dos fatores que interfere na conservação da piscina. Certos minerais encontrados em águas de algumas regiões reagem com o cimento da argamassa e do rejuntamento, dissolvendo-o em pouco tempo. Alguns produtos de limpeza e tratamento químico também podem diminuir a vida útil dos revestimentos e rejuntamentos

“Na hora da compra, os profissionais devem ficar atentos às especificações dos fabricantes, bem como a forma da execução e os materiais de fixação, assentamento e rejuntamento”, afirma Antonio Carlos Ignácio, engenheiro especializado em projetos e construções de piscinas e parques aquáticos. Segundo o especialista, a durabilidade dos revestimentos pode ficar comprometida se essa análise for deixada de lado. “A composição química da água, por exemplo, é um dos fatores que interfere na conservação da piscina. Certos minerais encontrados em águas de algumas regiões reagem com o cimento da argamassa e do rejuntamento, dissolvendo-o em pouco tempo. Alguns produtos de limpeza e tratamento químico também podem diminuir a vida útil dos revestimentos e rejuntamentos”, atesta o engenheiro.

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De acordo com o profissional, não existe melhor relação custo-beneficio. “É como adquirir um automóvel, se tem verba e bom gosto, compra-se o melhor. Não quer dizer que os revestimentos mais caros sejam os mais bonitos ou de superior qualidade”, revela Antonio Carlos.

Conheça os revestimentos internos mais aplicados e suas principais diferenças:



AzulejoDisponível em diversas formas e cores, o produto é um dos mais tradicionais e de baixo custo. Sua aplicação é semelhante à realizada em banheiros e outras áreas molhadas. Dependendo da cor escolhida, a água poderá assumir diferentes tonalidades.São mais sujeitos à criação de limo, mas sua limpeza não requer grandes sacrifícios. Basta aplicar sabão em uma escova apropriada, geralmente de náilon, e esfregar bem, até a sujeira se desprender para o fundo da piscina
Pastilha de vidroGeralmente são mais caras do que a cerâmica e o azulejo, e a instalação demanda mão de obra especializada. Segundo Maximira Durigan, designer de interiores, a vantagem da pastilha é que, por ser pequena, ela acompanha o desenho da piscina, independentemente das curvas.De fácil limpeza, as pastilhas não requerem produtos especializados. “O material não deixa impregnar nada, então não dá trabalho”, afirma Maximira. Para conservá-las limpas e bonitas, basta água e sabão, porém, deve-se tomar cuidado com a lavagem do rejuntamento com soluções de ácido, que podem comprometer sua durabilidade.

Cerâmicos

Com aspecto esmaltado, fosco ou rústico, há revestimentos cerâmicos de diversos tamanhos e cores. O material é resistente aos raios ultravioletas, aos produtos químicos e à movimentação da estrutura da piscina, por isso é um dos mais duráveis. “Para mim, a cerâmica apresenta o melhor custo-benefício, porque alia a grande resistência característica do material a um resultado esteticamente belo, além de um preço mais baixo do que as rochas ou pastilhas de vidro”, diz o arquiteto Gustavo Petinati.

As cerâmicas não acumulam tanta sujeira, e são imunes ao crescimento dos fungos. Por isso, grande parte das piscinas públicas ou de competição é revestida com esse material. 

Vinílicos

As piscinas vinílicas são fabricadas em estrutura de alvenaria ou concreto e revestidas com um bolsão de vinil. De rápida instalação e baixo custo, o produto também tem o benefício de ser impermeável, ou seja, reduz uma das etapas de construção.Dispensa rejunte e é de fácil limpeza, no entanto, se houver necessidade de manutenção do tanque da piscina ou eventuais furos no vinil, será preciso chamar empresas especializadas para fazer os reparos.

Fibra de vidro

Possui superfície lisa e não apresenta pontos para acúmulo de sujeira, fungos e bactérias. Assim como o vinil, é de rápida instalação e não oferece risco de vazamento. Porém, dependendo da aplicação, o material pode ocasionar bolhas na superfície.De grande durabilidade, acumula pouca sujeira porque não tem rejuntamento. No entanto, é importante evitar a limpeza com palha de aço ou outro material abrasivo, para não arranhar o material.

Pedras

Mesmo sendo de custo mais elevado, as pedras decorativas vêm conquistando espaço neste mercado.  Entre as mais recomendadas, estão as vulcânicas, como a Hijau, proveniente da Indonésia, que possui aspecto liso e mantém a água com uma tonalidade azulada ou esverdeada, semelhante ao mar. Já a pedra mineira faz com que a piscina assuma uma aparência mais amarelada. Além do efeito estético bonito e uniforme, o revestimento é menos escorregadio e não absorve tanto calor quanto os outros.

Por ser de alta porosidade, tende a acumular mais sujeira. A limpeza deste revestimento poderá ser feita com detergente neutro e água, com o auxílio de uma vassoura de pelo duro ou lavadora de alta pressão. Porém, para desencardir o material, é recomendável contratar mão de obra especializada.

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É bom saber

Piscina Hotel FazendaPiscina do Hotel Fazenda Salto Grande Araraquara, em São Paulo. Foto: Wagner Silveira / Projeto: Antonio Carlos Ignácio - Conref Engenharia de Piscinas

Existem dois tipos de piscinas, as construídas e as pré-fabricadas. A primeira é produzida em alvenaria ou concreto armado, já a segunda é de fibra de vidro ou vinil. A de concreto armado – com estrutura de ferro –, seguida pela de alvenaria, é a mais resistente, por isso é o material mais utilizado em piscinas públicas. “Não há limitação para as piscinas de concreto. Elas podem ser feitas em qualquer lugar, terreno, altura ou nível”, esclarece o engenheiro Antonio Carlos Ignácio. As de fibra de vidro e vinil têm menor custo e ainda levam vantagem no tempo de instalação, economizando mão de obra. Outro benefício das pré-fabricadas é a manutenção. Por se tratar de uma peça única, confeccionada com solda eletrônica, não possui rejunte, portanto ganha no acabamento e na praticidade da limpeza.

Sustentabilidade

Para mim, a cerâmica apresenta o melhor custo-benefício, porque alia a grande resistência característica do material a um resultado esteticamente belo, além de um preço mais baixo do que as rochas ou pastilhas de vidro

De acordo com o engenheiro Antonio Carlos, as legislações e normas técnicas regem apenas piscinas coletivas e públicas, no que diz respeito aos sistemas de tratamento e disposições de acessórios quanto à segurança na velocidade de sucção e recalque. “Não existe legislação relacionada aos revestimentos”, pontua o profissional. No entanto, algumas empresas se preocupam com o meio ambiente. Segundo Mariana Favaron, gerente da Castelatto – especializada em pisos e revestimentos –, a composição dos produtos da empresa é proveniente de sobras da produção, o que evita geração de entulho e reduz o desgaste da extração de matérias-primas da natureza. A sobra de água usada no processo produtivo não é descartada, sendo 100% reaproveitada. “Nas unidades fabris da empresa, realiza-se a cura úmida, eliminando assim a emissão de gases poluentes na atmosfera e minimizando os gastos de energia”, esclarece.

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Mercado

De acordo com Mariana, o mercado está aquecido e as empresas estão em constante inovação, para atender, cada vez mais, públicos exigentes. “O crescimento para o próximo ano é bastante promissor e os produtos chineses, por enquanto, não ameaçam, pois não conseguem se equiparar aos nossos. O cliente final reconhece essa diferença e acaba optando pelo produto nacional, que tem mais qualidade”, afirma.

 

Sem vazamentos A impermeabilização é fundamental para evitar vazamentos, e até mesmo garantir a qualidade da água e a integridade estrutural da piscina. “Quando tratada com cloro, a água pode comprometer a estrutura da piscina e sua durabilidade”, afirma o arquiteto Gustavo Petinati. Segundo o engenheiro Antonio Carlos, as piscinas que necessitam de impermeabilização são as de concreto armado e as de alvenaria, pois estes materiais são permeáveis. “A impermeabilização pode ser executada de várias formas, com argamassas aditivadas com cristalizantes, pinturas cimentícias, semielásticas, poliureia, manta asfáltica, entre outras”, explica o especialista.

Colaboraram para esta matéria

Antonio Carlos Ignácio – Engenheiro especializado em projetos e construções de piscinas e parques aquáticos. Sócio-diretor da Conref Engenharia de Piscinas.
Maximira Durigan – Designer de interiores.
Gustavo Petinati – Aquiteto e sócio do escritório Patricia Aguiar Arquitetura e Interiores.
Mariana Favaron – Gerente da Castelatto.