Parafusadeiras exigem cuidados na especificação e aplicação
Elétrica ou pneumática, a parafusadeira deve ser utilizada considerando tipo de junta a ser parafusada, faixa de torque, precisão, geometria das peças e mais
Ao longo dos anos, a engenharia desenvolveu equipamentos para realizar o aperto de junções que utilizam na maioria das vezes parafusos de fixação. Popularmente vistas em corridas de automóveis, na hora da troca dos pneus, as parafusadeiras ganharam notoriedade por assumir funções essenciais.
O crescimento de segmentos como indústria, comércio, portos, exploração e produção de petróleo, construção civil e tantos outros tem estimulado ainda mais o aperfeiçoamento dessas máquinas.
No entanto, uma evolução notável ocorreu nos trabalhos com obras, e não somente no pátio dos fabricantes dessas ferramentas. Elas são especificadas de acordo com a carga de trabalho demandada, as estruturas de aplicação, os custos de aquisição/depreciação, entre outros, o que torna as improvisações de uso ainda menos justificadas.
As parafusadeiras têm uso intensivo nos canteiros, nas oficinas e até nas fábricas de máquinas maiores para construção. A maioria das empresas já considera primordial investir na eficiência, na qualidade e no desempenho desses equipamentos.
Cuidados de aplicação
Hoje, em consequência da expansão desse mercado, há uma grande variedade de produtos com complexidade considerável. A seleção da ferramenta correta para um processo de montagem por parafusamento é uma atividade que pode ser bastante demorada e imprecisa. Isso se deve ao grande número de variáveis que precisam ser analisadas, como o tipo de junta a ser parafusada, a faixa de torque, a precisão necessária, a geometria das peças utilizadas na montagem, entre outras.
Uma parafusadeira, sendo ela elétrica ou pneumática, cria tanto o torque circular quanto a força descendente. Na aquisição desse produto é importante verificar a capacidade de ajuste de profundidade, já que esse fator influi diretamente no acabamento. Na indústria, esses equipamentos têm dispositivos para evitar que um parafuso seja colocado só até um pedaço (causando folga) ou que fique apertado demais (o que pode “remoê-lo”).
Apesar da simplicidade e da versatilidade de uso, é preciso estar atento às juntas parafusadas. Elas possuem limitações e, quando submetidas a um torque insuficiente, eventualmente, afrouxam sob condições de vibração.
Em decorrência disso, as rotinas de manutenção dos componentes parafusados necessitam de mais frequência de inspeção a fim de prevenir falhas. Sendo assim, o aperto correto é uma característica crítica do processo diretamente relacionada à qualidade do produto.
Quanto à longevidade desses equipamentos, especialistas fazem algumas recomendações essenciais. Além de compatibilizar o serviço a ser executado com as informações fornecidas pelo fabricante, a limpeza dessas ferramentas diariamente após o uso e a lubrificação periódica são fundamentais. Outro ponto importante para garantir maior durabilidade é guardá-las sempre em local seco.
História
Acredita-se que a história das juntas parafusadas seja oriunda da Grécia antiga, onde elas eram utilizadas na aplicação de força no processo de prensagem de azeitonas. A primeira obra de grande porte em que se pode perceber uma larga utilização dos parafusos data de 1779, durante a construção da Iron Bridge, em Telford, na Inglaterra. Desde então foi desenvolvida uma ampla gama de parafusos, e seu uso começou a se fazer presente na montagem das mais diversas estruturas.
Fontes:
P&D em Engenharia de Produção
Divulgação ABEPRO