Leve e com bom desempenho acústico, o sistema drywall da Gypsum foi fundamental na obra do complexo da rede Cinemark, em shopping da zona oeste de São Paulo
A execução do complexo da rede Cinemark no Shopping West Plaza, localizado na zona oeste de São Paulo, foi diferente das obras convencionais de cinemas. Isso porque a construção das salas, bilheterias, lanchonetes e demais áreas aconteceu na parte superior do empreendimento. Ou seja: as instalações praticamente “pousaram” sobre a edificação existente.
Outra particularidade do projeto é que ele contempla as primeiras salas híbridas da rede Cinemark, divididas em duas áreas com acessos independentes, com poltronas regulares em um setor e assentos VIP no outro. Os espectadores do espaço premium contam, ainda, com serviços e produtos diferenciados oferecidos em um lobby restrito.
O complexo também tem a sala XD, que é maior. Possui sistema de som especial, tela que ocupa toda a parede e poltronas DBox com movimento.
O cinema ocupa, ainda, diferentes níveis do shopping; o lobby e as salas de exibição estão a 11 metros acima do acesso principal — o que demandou a instalação de quatro escadas rolantes. Nas paredes desse conjunto de escadas, há um painel feito à mão com desenhos de personagens importantes para a história do cinema e de grandes edifícios de São Paulo.
O principal desafio foi adequar o projeto estrutural do shopping com o do cinema. Logo, era necessário que o complexo de entretenimento exercesse o mínimo peso próprio agregado. Também foi necessário resolver o acesso entre o nível da praça de alimentação e do saguão. Essa dinâmica deveria atender ao fluxo de clientes do cinema, respeitando as normas da prefeitura e do Corpo de Bombeiros.
As paredes de drywall fornecidas pela Gypsum foram a principal solução para o projeto, já que possuem peso reduzido e colaboram para o isolamento acústico dos ambientes — quesito indispensável nos cinemas. Além disso, o uso do sistema diminuiu a sobrecarga aplicada nas estruturas do shopping (aspecto fundamental do projeto). Todo o perímetro externo do complexo recebeu fechamento com chapas cimentícias; já as áreas internas foram executadas com as placas de gesso.
As paredes de drywall vão desde a laje do piso até a telha da cobertura do cinema, de maneira a isolar totalmente os ambientes, sem permitir o vazamento do som de uma sala para outra. Os níveis de acesso também receberam as peças de gesso, que são resistentes ao fogo e complementam as divisórias com as demais lojas. A única exceção é a escada da saída de emergência, construída com blocos de concreto.
De acordo com a arquiteta Fernanda Costa, coordenadora de Projetos da rede Cinemark, o sistema da Gypsum colaborou para que o complexo conseguisse “pousar” sobre o shopping.
“A solução em drywall é mais leve e demandou intervenções menores na estrutura existente, embora, ainda assim, foram necessários reforços estruturais desde a laje de cobertura até as fundações do empreendimento”, conta.
Por demandar reforços estruturais, a obra teve prazo atípico e foi concluída em 15 meses. Mas o padrão para a execução de cinemas desse tipo (com paredes de drywall) varia entre oito e nove meses.
Além de permitir que o projeto fosse executado, as paredes de drywall facilitaram a obra, com processo de instalação limpo e veloz. O sistema é composto por estrutura em perfis de alumínio e fechamento externo em chapas de gesso acartonado. Já a quantidade de placas, geralmente, é determinada pela tipologia das paredes de acordo com as necessidades acústicas de cada local.
As paredes de drywall são amplamente utilizadas na rede Cinemark devido a facilidade de execução e limpeza e, principalmente, ao desempenho acústico. “Desde o início da nossa operação no Brasil, sempre as utilizamos”, afirma Costa.
Ela explica o seguinte: como a solução de gesso é mais prática e limpa de ser executada, torna-se possível realizar outros serviços em paralelo e enxugar os cronogramas da obra.
“Para atender aos nossos requisitos mínimos de acústica, se utilizássemos paredes executadas com blocos de concreto, elas precisariam ser preenchidas com vermiculita — o que resultaria em paredes muito pesadas e que sobrecarregariam demais a estrutura dos nossos cinemas. Este foi um ponto muito importante nessa obra, já que construímos o complexo sobre a estrutura existente do shopping”, conclui a arquiteta.
Local: São Paulo (SP)
Prazo:15 meses
Projeto: FMC Arquitetura
Execução: Totus Engenharia
Fornecedor: Gypsum
Produto: Sistema Drwyall