Aquecedores solares

Felizmente, os aquecedores solares já fazem parte da realidade brasileira. Formados por coletores e um reservatório, eles aproveitam os raios solares para aquecer a água de chuveiros, pias e piscinas.

O sistema de coletor solar fechado é o mais utilizado em edificações residenciais, corporativas, industriais ou institucionais. Já para o aquecimento de piscinas costuma-se utilizar painéis abertos. E há ainda um terceiro modelo, chamado de coletor de tubo evacuado, que ainda é pouco visto no Brasil, por não ser fabricado no país.

O aquecedor solar não alivia apenas o bolso do consumidor ao reduzir o valor da conta de luz em cerca de 30%. Ele é extremamente benéfico ao meio ambiente, já que, quanto mais eletricidade é poupada, menos investimentos são necessários para a ampliação do sistema elétrico, além de se adiar a construção de novas usinas hidrelétricas.

As usinas termelétricas também passam a ser menos demandadas e, consequentemente, há redução da poluição do ar causada pela queima de combustíveis fósseis.

O consumidor que investe em aquecimento solar começa a economizar energia elétrica imediatamente, e o retorno do investimento vem em cerca de dois anos.

Hoje, é mais fácil adquirir um aquecedor solar, pois é possível financiá-lo. O Banco do Brasil, por exemplo, criou um consórcio para compra de bens e serviços sustentáveis por pessoas físicas ou jurídicas.

Compra planejada de Aquecedor Solar

Para que o sistema de aquecimento solar seja eficiente, ele precisa ser planejado e bem dimensionado por um profissional capacitado. A área destinada ao equipamento precisa ser proporcional à demanda do edifício.

Também é preciso considerar a incidência de raios solares e a posição da edificação. Desde 2014, o selo de certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) é obrigatório, o que garante segurança ao consumidor.

Como funciona o aquecimento solar

Um aquecedor solar é formado por placas que captam os raios solares (os chamados coletores), instalados no telhado ou na laje, e um reservatório de água quente, o boiler. Geralmente, a vida útil desse tipo de equipamento é de cerca de 25 anos.

Os coletores são compostos por placas de vidro que protegem as aletas do ambiente externo. Essas aletas são de alumínio pintado com tintas especiais de cores escuras para absorverem o máximo de raios solares. A radiação é absorvida pelas aletas e encaminhada para tubos de cobre em forma de serpentina.

A água presente nesses tubos é aquecida antes de ser levada para o reservatório. A quantidade de placas coletoras depende do tamanho do reservatório, do nível de insolação e das condições para a instalação.

Os reservatórios são cilindros de alumínio, inox ou polipropileno isolados termicamente para que mantenham a água aquecida por mais tempo. Uma caixa de água fria mantém o boiler sempre cheio. Em uma casa onde mora apenas uma pessoa, por exemplo, o reservatório deve ter capacidade para 200 litros.

É interessante que o reservatório seja instalado em um nível elevado e próximo às placas coletoras, sob o telhado, a fim de evitar a perda de calor para a atmosfera. Dessa forma, a água quente é empurrada pela fria e chega ao boiler sem precisar ser bombeada. Quando não é possível instalar o reservatório sob o telhado (e acima dos coletores), um sistema de bombeamento precisa ser instalado.

Como nem todos os dias são ensolarados, é comum que os aquecedores solares contenham um sistema auxiliar para aquecimento da água, que pode ser elétrico ou a gás.