Como já havíamos previsto, no ano de 2014, houve uma queda na demanda do produto extrudado de alumínio, em torno de 12% em relação a 2013.
Os segmentos que impactaram na queda foram, em primeiro lugar, a Construção Civil, com quase 14%, logo seguido pelo segmento de Bens de Consumo, com 12%, e na sequência o de Transportes, com 9%.
Nos primeiros três meses do ano de 2014, ainda registrávamos crescimento na demanda de alumínio para o segmento da Construção Civil devido às obras lançadas no ano de 2010, que cresceram em torno de 15%, e em 2011, que cresceram em torno de 9%. O período de maturação de uma obra para receber o alumínio, desde o lançamento até o momento do recebimento do alumínio no canteiro da obra, gira em torno de 18 a 24 meses.
No ano de 2012, tivemos um decréscimo dessas obras em 1,3%, que atrasaram-se por conta de vários fatores, especialmente a falta de mão de obra especializada, a burocratização dos órgãos na aprovação da obra e consequentemente a falta dos insumos.
Mesmo com estas adversidades, ainda obtivemos um bom nível de crescimento na demanda por extrudados no segmento da Construção no ano de 2013, que foi 9,8% em relação a 2012, estendendo-se até o primeiro trimestre de 2014 comparado com o mesmo período de 2013, cujo crescimento foi de 7%.
Já o movimento por lançamentos de novos imóveis começou bastante forte no ano de 2010, após a crise no final de 2008 e o ano de 2009.
Os anos de 2009, 2010 e 2011 foram três anos excelentes de lançamentos de imóveis no segmento da Construção Civil, elevando-o para um novo patamar que sustentando seu crescimento até hoje.
Já no ano de 2013, houve uma desaceleração nos lançamentos de novos imóveis, gerando uma queda de 23,5% em relação a 2012, motivados pela alta dos estoques de imóveis, o crescimento das taxas de juros e a inadimplência.
O reflexo desta queda influenciou o ano de 2014, em que o produto extrudado começa a ter um declínio, fechando o ano com uma queda em torno de 14%, praticamente voltando à mesma demanda de 2011
Em minha previsão, ainda teremos um vale de dificuldades que perdurará até o 3º trimestre de 2015, voltando a crescer em torno de 2,5% até o final do ano.
O ano de 2016 será pautado pelo crescimento, que irá registrar níveis de 4 a 5%, por conta do projeto Minha Casa Minha Vida III, com obras de alto padrão e obras institucionais. Além disso, o próprio déficit habitacional continua crescendo, obrigando o governo a destinar recursos.
Além disso, também temos as obras habitadas e inacabadas que precisam de alguma reforma e que também alavancam este crescimento. Estima-se que 25% das habitações existentes necessitem de alguma reforma.
Podemos afirmar que o mercado da Construção Civil é muito forte, continuará crescendo e se desenvolvendo, gerando empregos, novos materiais e novas tecnologias, principalmente focadas na construção industrializada.