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Produção automatizada é realidade no setor de agregados

Tecnologia possibilita ajustes automáticos com exatidão e evita atrasos

Publicado em: 22/12/2015

Texto: Redação PE

Redação PE

A automação dos equipamentos é hoje uma realidade no dia a dia do setor de agregados. Ela proporciona o aumento substancial da capacidade produtiva e reduz custos operacionais. A partir da aplicação de técnicas, softwares e sistemas específicos, oferece melhores condições de segurança, o que reduz a constante interferência humana sobre os processos. Adicionalmente, operadores ainda podem contar com a tecnologia para agregar produtividade às jornadas de trabalho.

A Sandvik tem esse sistema implantado na Europa desde os anos 60. De acordo com Tiago Carvalho, gerente de vendas da filial brasileira da empresa, o sistema de automação na produção de agregados pode se classificar em duas formas: completo, dos alimentadores vibratórios e dos britadores; ou apenas do britador cônico, que pode ser interligado à automação da planta como um todo, sempre de forma customizada.

“Num processo altamente abrasivo, o revestimento do britador sofre desgaste natural ao longo do tempo e exige ajustes nas aberturas de entrada e saída da máquina, de acordo com a variação da espessura desse revestimento”, exemplifica. Mas com a adoção de sistemas de gerenciamento eletrônico dos britadores, esse desgaste é compensado automaticamente, de forma que a abertura do equipamento permaneça sempre na posição ideal.

“Isso resulta em mais produtividade, economia com revestimentos e mão de obra, além de dispensar a presença de um técnico para avaliar constantemente o estado de conservação do material de desgaste”, diz.

Automação proporciona ajustes exatos

Os principais ganhos se devem ao fato de o processo automático realizar ajustes com exatidão sempre no momento necessário, o que evita atrasos e imprecisões humanas. A Sandivik possui a automação do britador cônico – o ASRI, com três sensores que monitoram a potência do motor do britador, a abertura ou ajuste da máquina (APS) e a pressão de operação, entre outros aspectos.

Nos sistemas convencionais, é necessário fazer periodicamente o ajuste da abertura do equipamento para garantir eficiência. Já os automatizados têm abertura constante e garantem a granulometria do material produzido na medida desejada. “Além disso, é possível obter melhor aproveitamento dos revestimentos, o que gera menor quantidade de descarte e baixo custo operacional”, acrescenta Carvalho.

Se o interesse da pedreira é direcionado ao volume de produção e não em faixa granulométrica, o britador consegue trabalhar em potência máxima na elevada pressão de operação do sistema. Pode, inclusive, ser programado no início para atuar com diferentes aberturas e, quando passam corpos não britáveis, ele abre para que esse material atravesse, em seguida alivia a pressão e se estabelece a programação anterior.

Otimização e monitoramento da produção à distância

Dionísio Covolo Junior, diretor de vendas de equipamentos para agregados da Metso, confirma que há um ganho significativo de performance entre uma planta de britagem automatizada e uma planta de porte similar não automatizada.

“As plantas de britagem podem possuir vários níveis de automação, desde a parcial até a de toda a planta. De acordo com o aumento do nível de automação, o processo passa a oferecer melhor controle, eficiência e ganhos de disponibilidade e produtividade”. Em geral, uma planta de britagem sem automação normalmente apresenta rendimento operacional na margem de 75%, enquanto uma planta automatizada pode chegar até a 95%, dependendo do nível de automação.

Covolo explica que a automação avançou bastante no Brasil, mas em outros países é uma realidade com avanços mais significativos. A existência de rígidos controles sobre a qualidade dos agregados e a busca da melhoria contínua da eficiência operacional, encontrou na automação uma boa solução técnica para esse problema.

Capacidade produtiva otimizada

Na verdade, uma planta automatizada não exige mão de obra de alto nível, pois o sistema além de ser “amigável”, é altamente confiável e de simples operação. Isso reduz significativamente a necessidade da intervenção humana. Os equipamentos nela instalados passam a ter sua capacidade produtiva otimizada e ajustes de regulagens, controles da produção, variações dos percentuais e granulometria dos produtos são realizados rapidamente, à distância pelo operador do sistema. Qualquer paralisação da produção é imediatamente detectada e identificada por meio de diversos sensores instalados nos equipamentos.

Nos níveis de automação avançados, o sistema permite inclusive o monitoramento paralelo da produção, à distância, via internet. “No Brasil, algumas empresas já contam com a automação no processo de britagem e, certamente, a cada dia, crescerá o interesse pela automoção devido aos comprovados ganhos que ela proporciona. Essa é a tendência neste segmento”, finaliza Covolo.

 

Colaboraram para esta matéria

 

Dionísio Covolo Junior - Diretor de vendas de equipamentos para agregados da Metso

Tiago Carvalho - Gerente de vendas da Sandvik no Brasil