A Ponte Anita Garibaldi, conhecida como Ponte de Laguna, é considerada o novo marco da engenharia brasileira. Trata-se da primeira construção estaiada com vão central de 400 m e dois mastros centrais de 50 m. É a terceira maior do país.
Com 3 km de extensão, ela faz parte da duplicação da BR 101, sobre o Canal de Laranjeiras, em Laguna, Santa Catarina. Sua concepção tem como responsável o consórcio formado pela Camargo Corrêa S.A, Construbase S.A e Aterpa M. Martins.
Diante do porte da obra, exigia-se a aplicação de uma série de processos minuciosos que assegurassem a correta execução da ponte em todas as suas frentes.
Um dos grandes desafios era a realização de ensaios de carregamento dinâmicos em estacas de fundação profunda e de grandes diâmetros para comprovar a capacidade de carga, e integridade.
Para esse procedimento deveria ser levado em consideração as características da obra, que combinava trabalhos em terra e no mar. Assim, muitas das estacas ensaiadas exigiram que os engenheiros trabalhassem em grandes alturas, enfrentando as condições climáticas adversas da região, como ventos muito fortes.
Coube à Modulus Engenharia fazer os ensaios de carregamento dinâmicos em até 5% do total de estacas da fundações da Ponte Anita Garibaldi.
"O ensaio foi feito diretamente na estaca, abrindo-se uma janela na camisa perdida e posicionando os sensores diametralmente opostos. Para atender às demandas de prazos, nossa equipe de engenheiros se revezava no atendimento, permanecendo às vezes uma ou duas semanas à disposição do Consórcio. Dessa forma, conseguimos atender com agilidade, garantindo a melhor qualidade do trabalho e da elaboração dos relatórios / análises", explica Reynaldo De Rosa, sócio e engenheiro responsável pela Modulus Engenharia.
Os ensaios realizados pela empresa permitiram que a obra atestasse a qualidade da fundação executada,, dando garantia aos serviços prestados pelas empresas que construíram a ponte, como cravadores, executadores de estacas, projetistas e consultores. Entre as empresas envolvidas estava a EMBRAFE, que desenvolveu um martelo especial de 35 toneladas, usado nos ensaios das estacas centrais de 250 cm de diâmetro.
"A Modulus se orgulha muito de ter feito parte de um projeto tão importante da engenharia brasileira. Uma obra que vai ajudar a desenvolver a região sul de Santa Catarina. Estamos ciente de nossa responsabilidade e da importância do trabalho para a execução da Ponte de Laguna", conclui Gisela Tognella, gerente comercial da empresa.
O ensaio de carregamento dinâmico (PDA) é o sistema mais usado para a fiscalização da capacidade de cargas em estacas de fundações profundas no mundo todo. Além de analisar a capacidade de carga e integridade do eixo de uma estaca cravada, o ensaio permite investigar as tensões e energia durante sua cravação. É indicado para praticamente todos os tipos de estacas cravadas como pré-moldadas, protendidas, metálicas e trilhos; ou do tipo moldadas in loco como raiz, hélices contínuas, barretes e mesmo microestacas.