Ter a ferramenta certa é chave para o sucesso, seja para quem é profissional da construção civil, seja para quem precisa fazer pequenos reparos em casa. Em uma obra, esses instrumentos estão presentes desde as etapas iniciais de montagem do canteiro até as fases finais de acabamento. Boas ferramentas também são indispensáveis em serviços de manutenção.
Tanto as ferramentas manuais , quanto as elétricas, são determinantes para a realização dos serviços com agilidade, menos esforço e mais segurança. Elas são aliadas importantes de pedreiros, serralheiros, marceneiros, carpinteiros, ceramistas, gesseiros, pintores, instaladores e eletricistas. Confira dicas para saber como escolhê-las:
Jogos de chaves, assim como martelo e alicate devem fazer parte de toda caixa de ferramentas básica. Para apertar ou afrouxar parafusos diferentes, as chaves — de fenda, phillips e allen — são instrumentos de primeira necessidade. Existem, também, as chaves de boca, geralmente usadas para apertar porcas, e a chave-inglesa, aproveitada em instalações hidráulicas.
Entre as ferramentas manuais, uma das mais versáteis é o alicate. Afinal, ele serve para apertar, puxar, torcer, dobrar, cortar, desencapar fios e entre outras funções.
Existem diferentes tipos de alicates no mercado. Entre eles, os de corte, capazes de realizar cortes precisos em vários tipos de materiais. Há, também, os alicates bomba d’água, indicados para reparos hidráulicos e à gás, e os crimpadores, muito usados por quem trabalha com instalações de redes telefônicas e computadores. Em função de sua versatilidade, o alicate mais popular é o universal, útil em situações diversas, como cortar, apertar ou torcer os fios e arames.
Para quem trabalha com construção e reformas, o martelo é outro artigo de primeira necessidade, utilizado para fixar e remover pregos. Entre os diversos modelos de martelo disponíveis, o do tipo unha é, sem dúvidas, o mais conhecido e utilizado. Seu nome se deve à espécie de garra para a retirada de pregos das superfícies. Ele pode ter cabo de madeira envernizada, de compensado naval, de aço e, até mesmo, de polímero.
Com um lado da cabeça bem mais fino, outra ferramenta muito útil é o martelo de pedreiro, apropriado para partir e assentar tijolos. Existe, ainda, o martelo borracha, usado por pedreiros para assentar revestimento cerâmico e porcelanato sem causar danos às peças.
As atividades de medição acompanham vários momentos do desenvolvimento de uma obra, exigindo atenção por parte dos profissionais e equipamentos adequados. Isso porque imprecisões resultantes de falta ou erro de medição podem exigir o refazimento do serviço, o que implica em transtornos como custos extras e atrasos no cronograma.
Entre as ferramentas de medição mais utilizadas em construções e reformas destacam-se as trenas, os esquadros, os paquímetros, além dos níveis e dos prumos.
Manual ou a laser, a trena é utilizada para medir distância, largura, altura e área. Com uma fita métrica acoplada em seu interior, a trena manual é portátil e pode realizar medições variadas, especialmente por arquitetos e eletricistas.
Conhecida como trena digital, a trena a laser é indicada para medir longas distâncias ou objetos grandes. Esse equipamento apresenta diversos tipos de medidas e tem como vantagem armazenar os dados em sua memória. Além disso, alguns modelos mais avançados permitem a comunicação com dispositivos mobile.
Com formato semelhante à letra “L”, o esquadro é indicado para determinar se paredes, pisos e quaisquer encontros entre superfícies estão alinhados. Essa é uma medição indispensável em qualquer obra. Afinal, falhas de alinhamento podem comprometer a instalação de portas, janelas e revestimentos.
Nível e prumo são outros instrumentos de medição que fazem parte da rotina dos profissionais de construção. O nível é utilizado para garantir o alinhamento na horizontal, garantindo que superfícies, como pisos e paredes, estejam plenamente retas.
Há, basicamente, dois tipos de nível mais usuais. O nível de bolha, mais tradicional, se assemelha a uma régua e pode ser de madeira, plástico ou metal. Quando a bolha de ar do equipamento está alinhada no centro, significa que a superfície está nivelada corretamente. É possível encontrar níveis com uma, duas ou três bolhas de ar. De modo geral, quanto mais bolhas, maior tende a ser a precisão da ferramenta.
Mais recentemente passou-se a utilizar, também, o nível a laser, que funciona por meio de um mecanismo que emite feixes de laser a partir da base. Fácil de usar em locais com alturas, o nível a laser costuma ser usado em obras que demandam maior agilidade nas marcações e medições.
O prumo de mão é uma ferramenta empregada para aferir o alinhamento de objetos na vertical. Também conhecido como prumo de pedreiro, consiste em um peso de chumbo ou ferro tratado (com zinco ou cromo) amarrado a uma corda que marca uma linha vertical. Os modelos mais usuais são o prumo de centro, muito usado na locação topográfica de elementos de fundação, e o prumo de face, para verificar a verticalidade da alvenaria, pilares, portas ou janelas. Assim como o nível, também é possível encontrar prumos eletrônicos que funcionam por meio de feixe de laser.
Sempre que falamos sobre ferramentas de medição para a construção, não podemos deixar de citar, ainda, o paquímetro. Esse instrumento conta com uma régua graduada e serve para medir a distância entre dois lados simetricamente opostos de um objeto. Em geral, o paquímetro é usado para medir as dimensões de pequenas peças, como parafusos, porcas e tubos.
Em especial para os profissionais eletricistas, dois dispositivos fundamentais são o amperímetro e o multímetro . O primeiro consiste em um aparelho portátil de medição de corrente elétrica, que fornece informações em amperes. Já o multímetro tem como função medir diferentes grandezas elétricas como tensão, corrente, continuidade, entre outras.
Para serviços como aplicação de massa, regularização de superfícies e assentamento de alvenaria, algumas ferramentas manuais indispensáveis são a colher de pedreiro e as desempenadeiras.
As colheres de pedreiro podem ser encontradas em três modelos principais: de canto reto, indicadas para assentamento de tijolos e blocos; de canto redondo, recomendadas para realização de reboco, chapisco e trabalhos mais delicados de acabamento; e a colher quadrada, reservada a trabalhos mais pesados.
Em aço (material mais usual), plástico ou madeira, as desempenadeiras são utilizadas para nivelar e alisar superfícies depois da aplicação de argamassa. Elas também são empregadas para assentar cerâmicas, pastilhas e azulejos, bem como para espalhar outros materiais com uniformidade. As desempenadeiras podem ser encontradas com bordas retas, redondas ou dentadas. Elas se diferenciam quanto a base, que pode ser estriada, lisa, rugosa ou com espuma.
Quando o assunto é realizar trabalhos de demolição ou de escavação, entre as ferramentas manuais imprescindíveis estão as enxadas , as talhadeiras, as marretas e as picaretas .
Embora pareçam ferramentas simples, as enxadas não são todas iguais. Há modelos mais adequados para jardinagem, enquanto outros, mais largos e robustos, são apropriados para trabalhos em obras pesadas.
As talhadeiras consistem em ferramentas de corte, quebra ou entalhe. As marretas se assemelham aos martelos. Contudo, elas são mais pesadas, sendo indicadas para trabalhos de demolição.
Muito usadas na construção civil, como também em serviços de jardinagem, as picaretas servem para quebrar pedras, rochas e concreto e escavar terra. É possível encontrar, também, picaretas elétricas. Semelhantes a britadeiras, essas ferramentas podem realizar pequenas demolições em pisos de pedra e em estruturas de concreto.
A realização de serviços de pintura requer a utilização de uma série de ferramentas específicas. Entre elas, destacam-se as bandejas de pintura , os pincéis, além das espátulas e as pistolas.
As bandejas devem ser adquiridas de acordo com o tipo de pintura que será realizada, bem como do tamanho do pincel. As bandejas de 23 cm, por exemplo, costumam ser usadas com rolos maiores. Há, também, as caçambas de pintura, com maior capacidade de armazenamento, indicadas para uso profissional.
Para a aplicação das tintas, o profissional pode recorrer às broxas, aos pincéis e aos rolos de pintura. As broxas são modelos de pincéis indicados para uso em tintas à base de cal ou cimentícias, que são mais difíceis de manusear e aplicar.
No caso dos pincéis, a escolha da ferramenta deve se pautar pelo tipo de tinta. Para produtos à base de água, recomenda-se pincel com cerdas em poliéster. Para esmaltes, a orientação é usar pincéis com cerdas naturais. Por fim, para a aplicação de vernizes e impermeabilizantes, o ideal são os pincéis com cerdas de fibras naturais. Deve-se considerar, ainda, o local de pintura. Para a pintura de teto e paredes, os pincéis com cerdas retas são os mais utilizados. Já para pintar áreas difíceis de alcançar, como cantos, janelas e batentes de porta, o melhor é recorrer a pincéis com filamentos de corte angular.
Muito versáteis, as espátulas utilizadas na construção civil podem ser de metal, plástico, borracha ou madeira. Essas ferramentas têm múltiplas utilidades em uma obra. Elas podem ser utilizadas para a aplicação de massa corrida ou de rejunte, ou mesmo para a retirada de papéis de parede, por exemplo.
As pistolas de pintura são ferramentas que fazem a aplicação da tinta por pulverização, conferindo um acabamento superior e maior produtividade. No momento de comparar os modelos disponíveis, é válido considerar aspectos como tensão elétrica, potência e a capacidade do reservatório de tinta.
Entre as ferramentas elétricas, furadeiras e parafusadeiras estão entre as que têm mais presença na rotina de quem atua em obras e reformas.
Versátil, a furadeira pode ser ligada à rede de energia ou ser movida à bateria, sendo utilizada, principalmente, em serviços de instalações. A indústria disponibiliza diferentes modelos de furadeiras, com potência e torque distintos.
As furadeiras sem impacto realizam os furos usando o movimento de rotação e são indicadas para madeira, metal, gesso acartonado e plástico. Já quando o objetivo é perfurar rocha, concreto e alvenarias, o ideal é ter em mãos uma furadeira com impacto, que além da rotação habitual, consegue aplicar pequenos golpes de impacto que ajudam na hora de perfurar materiais mais duros e resistentes.
Há, ainda, as furadeiras de bancada, presentes em oficinas de carpintaria e marcenaria.
De modo geral para profissionais autônomos, furadeiras com potência a partir de 550W apresentam bom desempenho. Já para aplicações que exigem que a furadeira trabalhe por longos períodos e com esforço maior na perfuração, como em canteiros de obras, o ideal é optar por máquinas com potência acima de 680W.
As parafusadeiras são ferramentas elétricas portáteis, indicadas para apertar ou retirar parafusos em superfícies de madeira, alvenaria, metal e de outros materiais. Atualmente, é possível encontrar diferentes modelos no mercado brasileiro, com variadas potências e alimentação com fio ou à bateria.
Para usos profissionais, a recomendação é dar preferência para os modelos com mais de 18 V, que são capazes de furar todo tipo de superfície e de apertar até os parafusos mais robustos.
Entre as ferramentas elétricas, é possível encontrar uma série de produtos dedicados ao corte e ao desbaste de superfícies. Estamos nos referindo, principalmente, às serras, esmerilhadeiras , lixadeiras, p lainas e politrizes .
Entre as serras mais utilizadas na construção civil, três modelos se destacam: a serra tico-tico , a serra circular e a serra-mármore.
A serra tico-tico é indicada para realizar cortes em madeiras mais finas, bem como em plástico, em MDF e em metais. Esse equipamento pode realizar cortes retos precisos, assim como rasgos, chanfros, cortes de imersão.
A serra circular, também bastante popular entre os carpinteiros, serve principalmente para realizar cortes retos em madeira. Ela pode ficar fixa em uma bancada, ou ser manual. Há, também, a serra circular meia esquadria, usada para cortes longitudinais e transversais.
Com um disco menor, em comparação à serra circular, e capacidade de trabalhar em alta rotação de corte, a serra mármore pode ser usada para trabalhos que exigem maior robustez. Essa ferramenta consegue cortar materiais como tijolos, concreto, cerâmicas, porcelanatos, mármore, granito, bronze, plástico, aço e ferro, entre outros.
Com velocidade de giro superior a 6500 rotações por minuto, as esmerilhadeiras são desenvolvidas para cortar e desbastar metais e concreto. Existem, basicamente, três tipos de esmerilhadeiras disponíveis no mercado: o angular (mais comum), o movido à bateria (para locais sem acesso à rede elétrica) e os pneumáticos (mais usados em oficinas).
Além da tipologia, os modelos de esmerilhadeiras se diferenciam por características como ergonomia, robustez, grau de ruído e de calor gerados durante o funcionamento, além de potência e velocidade de giro. Quanto mais rotações por minuto, melhor tende a ser o desempenho do equipamento no desbaste de materiais mais duros.
As lixadeiras elétricas também estão no grupo de ferramentas indicadas para desbastar materiais. No entanto, elas são indicadas para trabalhos em superfícies menos duras, como madeira, metal, plástico, fibras e resinas. Esses equipamentos têm como ponto forte sua portabilidade, sendo utilizados principalmente para dar acabamento fino. Um modelo muito usado na construção civil é a lixadeira excêntrica, capaz de polir materiais como madeira, plástico, metal e verniz.
Assim como as lixadeiras, as plainas também são indicadas para desbastar superfícies, tornando-as mais lisas e niveladas. No entanto, as plainas costumam ter mais aplicação em marcenaria, para dar acabamento a peças de madeira, como móveis e esquadrias.
Capazes de realizar movimentos rápidos e circulares, as politrizes têm como função selar a superfície, deixando-a mais lisa e brilhante. Essas ferramentas costumam ser utilizadas em pisos, em bancadas de granito e em serviços de marcenaria. Outras aplicações são para limpeza mecânica, abertura de perfil do piso para garantir a ancoragem de uma nova pintura e, ainda, para texturização leve, tornando o material mais antiderrapante.
Além das ferramentas certas, a realização dos serviços em obras ou reformas exige acessórios, como baldes, masseiras e carrinhos para transporte de materiais.
No caso dos carrinhos, é possível encontrar modelos de mão, com caçamba de aço ou de plástico, assim como as giricas, com duas rodas e maior capacidade de carga.
Existem, também, modelos específicos para a movimentação de paletes, carrinhos tipo plataforma com quatro rodas e carrinhos com gaiolas para o transporte de tijolos, blocos de concreto e ensacados.
Sempre que se fala em ferramentas, não se pode deixar de lado os consumíveis, materiais indispensáveis para o perfeito funcionamento dos equipamentos. Estamos nos referindo, principalmente, a parafusos e brocas, desengraxantes e lubrificantes, discos de corte e de desbaste, lixas, serras-copo, entre outros.
Encontrar boas ferramentas para uma obra ou reforma não é tarefa difícil. Há muita variedade disponível para compra ou locação. No entanto, é preciso atenção sobretudo para diferenciar os modelos para uso doméstico, daqueles que têm robustez e potência para suportar as exigências do uso profissional.
Antes de qualquer escolha é importante responder três perguntas essenciais: Qual tipo de trabalho a ferramenta irá executar? Qual o tempo de uso? Qual material ou materiais com os quais o equipamento vai ser utilizado?
Durabilidade é um critério de seleção importante quando o objetivo é utilizar a ferramenta muitas vezes e por muito tempo.
No caso de ferramentas manuais, um ponto que nunca pode ser negligenciado é a ergonomia. Afinal, ninguém quer trabalhar com uma ferramenta que machuca a mão e reduz a produtividade.
Já quando falamos em ferramentas elétricas, voltagem e potência, índice de vibração e de emissão de ruído, assim como o peso são aspectos a serem considerados no momento de comparar diferentes produtos disponíveis.
Lembre-se que toda ferramenta possui uma definição de limite de uso, e que ao seguir e respeitar esses limites, a vida útil do equipamento é preservada.
Outra boa prática na hora de comprar uma ferramenta é não se ater apenas ao preço, mas dar preferência a equipamentos de marcas reconhecidas no mercado e, principalmente, que sejam recomendadas por outros profissionais.
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