As obras do Projeto Puma, fábrica de celulose que a Klabin constrói em Ortigueira, na região dos Campos Gerais (PR), começaram em 2013. A estimativa é que a fábrica deva produzir, por ano, cerca de 1,5 milhão de toneladas de celulose.
A nova fábrica irá contribuir muito com o desenvolvimento da região. Serão realizadas obras de infraestrutura gerando aumento de renda, qualificação profissional e incremento na arrecadação de impostos. A previsão é que já nas obras, 8,5 mil pessoas estejam empregadas. Após o início da operação em 2016, a expectativa é que o projeto renda 1,4 mil novos empregos nos setores fabril e florestal. Estima-se que o investimento financeiro total até o fim das obras seja de 5,8 bilhões de reais.
Com 830 hectares, a obra da Puma-Klabin foi dividida em vários trechos, que ficaram sob a responsabilidade de diferentes construtoras. Em todas, os desafios eram os mesmos: executar concreto aparente com excelente qualidade, e oferecer a segurança que um obra industrial desse porte exige.
Contratada por sete construtoras, a equipe técnica da SH estudou detalhadamente as estruturas do projeto, com o objetivo de definir qual seria o sistema mais adequado para a execução de cada trecho.
No trecho da subestação, realizada pela Fasttel Engenharia, onde o fator crítico era o curto cronograma, foi utilizada a forma para lajes Topec SH. Composta por painéis de alumínio forrados por compensando plastificado, pesa menos de 14 kg/m2, e alcança uma produtividade de até 0,30 hh/m2.
As estruturas construídas em uma fábrica de celulose são muito específicas e diferenciadas, ao contrário do que ocorre em uma obra de edificação por exemplo
Já nos trechos do preparo de Madeira, executado pela Hochtief, da Kemira, Central de Controle e Laboratório, executados pela Afonso França, e da Torre de Resfriamento, executada pela Cesbe, foram utilizadas as fôrma Tekko SH e Concreform SH. Ambas são compostas por painéis em chassis de aço galvanizado forrados com compensado plastificado, que garantem um perfeito acabamento do concreto. Enquanto a Concreform SH suporta cargas de até 60kN/m2 e é conectada com apenas três grampos que os unem e alinham simultaneamente, a forma Tekko SH suporta cargas de até 40 kN/m2 e é acoplada com clips e alinhada com perfis ou tubos metálicos. Tanta praticidade permite a redução de até 70% da mão-de-obra necessária para montagem e desmontagem das fôrmas.
A fôrma Tekko SH também foram utilizadas pela Confab na base dos tanques circulares da Planta de Evaporação, e pela Construtora Toda do Brasil para a execução das vigas baldrame da Sala Elétrica, onde também foi utilizada a torre de carga LTT para o escoramento da laje.
“As estruturas construídas em uma fábrica de celulose são muito específicas e diferenciadas, ao contrário do que ocorre em uma obra de edificação por exemplo. Em celulose, elas necessitam de projetos e soluções especiais e principalmente do acompanhamento da assistência técnica. Como estávamos constantemente na obra, à montagem dos equipamentos ocorreram dentro das conformidades”, explica o Supervisor de Contratos da SH, Andre Rosa.
Além de 15 contratos de fornecimento de formas para concreto e escoramentos metálicos por toda a obra, a SH também participa da construção de uma ferrovia, que fará o escoamento de parte da produção até o porto de Paranaguá, no estado do Paraná.