Considerada a maior obra de infraestrutura em curso no Brasil, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte será responsável por produzir energia para abastecer cerca de 40% do consumo residencial em todo o País. Está localizada no Rio Xingu, município de Altamira, norte do Estado do Pará.
A usina terá potência instalada de 11.233 Mw e funcionará a partir de um sistema de fio d'água, constituído por pequenos reservatórios de água que produzirão a energia elétrica pela força da vazão natural dos rios. As águas, nesse caso, passarão pelas turbinas e voltarão ao leito. O principal fio d'água terá 502,8 km², sendo 228 deles correspondentes ao leito do rio na cheia.
Com o término da obra previsto para 2019, a energia média produzida pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte atenderá 18 milhões de residências (60 milhões de pessoas).
O fornecimento de cimento para a construção da usina estava atrelado a diferentes fatores. O principal deles era com relação à magnitude da obra, que envolvia a execução simultânea de diversas etapas. A logística também merecia atenção especial. Pedia tanto o deslocamento terrestre por meio de caminhões específicos para vencer as irregularidades das estradas, quanto o transporte fluvial a partir de barcaças.
Consequentemente, a empresa responsável pela distribuição do material precisaria ter uma fábrica em localização estratégica e dispor de toda a infraestrutura necessária para atender a grandes demandas, além de um escritório com equipe preparada para oferecer acompanhamento técnico em tempo integral.
No que diz respeito às propriedades do cimento, a exigência englobava resistências físicas e químicas superiores, visto que o material não poderia sofrer instabilidades. De tal maneira, o controle de qualidade da produção deveria ser bem rigoroso, incluindo testes constantes para medir o desempenho do produto.
A Votorantim Cimentos entrou em um processo de licitação com grandes agentes do mercado – inclusive players mundiais –, e venceu a concorrência devido a um forte planejamento que mobilizou todos os departamentos.
"Posso dizer que foi um dos primeiros projetos que envolveu a estrutura inteira da empresa: parte de operações para entender a capacidade produtiva necessária, setor de logística para propor a melhor solução de distribuição, área financeira para considerar os custos variáveis a longo prazo e, finalmente, o departamento comercial para consolidar em um plano único todas as ações que seriam colocadas em prática ao longo da obra", detalha Rafael Augusto Klein, gerente comercial da Votorantim Cimentos.
Assim, a partir de 2012, a Votorantim Cimentos passou a fornecer o cimento para a infraestrutura básica da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, assim como para as obras de melhoria na cidade e seu entorno – já que há obrigações complementares com o município, nas áreas urbanas e rurais.
A partir do momento em que se decidiu executar a obra com o fornecimento de cimento pela Votorantim Cimentos, o prazo para desenvolver e entregar o material foi muito curto, o que exigiu da empresa um manobra rápida para adaptar a fábrica e preparar a melhor logística.
"Disponibilizamos caminhões de grande porte, com autonomia e poder de tração, pois as estradas eram muito irregulares e, em parte do período, ficavam alagadas. Mas, no geral, o percurso terrestre demorava 48 horas. Em outras situações, tínhamos as barcaças que partiam da cidade de Belém até o local da obra. Levávamos em torno de sete dias para carregar e entregar o produto. E até retornar, o ciclo se fechava em 11 dias", explica Klein.
O desenvolvimento do cimento teve o acompanhamento de um corpo técnico amplamente capacitado e maquinários modernos, que viabilizaram o produto de acordo com os requisitos técnicos exigidos. Como afirma o gerente comercial, "a solução não acabou no fornecimento. Depois de fabricar o cimento e garantir sua estabilidade, acompanhávamos o desempenho do material aplicado na obra. Assim, era possível melhorá-lo e economizar o consumo por m³. Com o aprendizado, o processo ficou bem mais otimizado".
Até o momento, a Votorantim Cimentos forneceu cerca de um milhão de toneladas de cimento. Esse número aumentará muito mais até o final da obra.
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